Após a decisão do governo norte-americano em adiar as tarifas alfandegárias sobre os produtos chineses, a China se posicionou e afirmou que irá retaliar os Estados Unidos, fomentando mais um capítulo da guerra comercial.
Conforme o Comitê Tarifário do Conselho do Estado, a China “não possui outra opção a não ser tomar as medidas necessárias para retaliação”. Além disso, nesta quinta-feira (15), o Ministério de Finanças do país oriental afirmou que tomarão “contramedidas necessárias”.
Na última terça-feira (13), o governo dos EUA adiou a imposição de tarifas de 10% sobre produtos da China. A decisão foi comunicada pelo escritório do representante de Comércio norte-americano, Robert Lighthizer.
Segundo o governo dos Estados Unidos, as taxas não serão mais aplicadas no dia 1º de setembro, mas em 15 de dezembro. A taxação é válida para:
- eletrônicos, como telefones celulares, laptops, videogames, monitores de computador;
- itens de vestuário;
- e calçados.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a decisão de adiar os encargos ocorreu para que a população norte-americana não fosse prejudicada nas compras de Natal.
Guerra comercial prejudica dados econômicos da China
Os dados divulgado pelo país oriental sobre seu crescimento econômico demonstrou os danos causados pela disputa comercial com os Estados Unidos.
O crescimento da produção industrial da China desacelerou para 4,8% em julho em comparação com o mesmo período de 2018.
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O resultado foi maior que o esperado, com o crescimento industrial desacelerando para a mínima dos últimos 17 anos. A disputa comercial com os norte-americanos impacta sobre as empresas e consumidores da China.
Mesmo após uma série de medidas do governo no último ano, a atividade industrial da China continua a esfriar. Nesse momento, a questão levantada por analistas é se existe a necessidade de um estímulo mais rápido, mesmo que isso possa acarretar no aumento da dívida.
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