China e EUA concordaram em continuar as negociações
De acordo com o pronunciamento feito nesta terça-feira (14) pelo governo chinês, a China e os Estados Unidos concordaram em continuar as negociações. Essa afirmação veio após o presidente americano confirmar que acreditava que as negociações em Pequim poderiam ter sucesso.
Na última sexta-feira (10) o presidente Donald Trump decidiu colocar em vigor o aumento nas tarifas alfandegárias sobre os produtos importados chineses. Dessa forma, na última segunda-feira (13) a China decidiu aumentar as taxas sobre produtos norte-americanos. A guerra comercial tem preocupado os investidores e levou a uma venda generalizada nos mercados acionários.
“Meu entendimento é de que a China e os EUA concordaram em continuar buscando discussões relvantes. Quanto a maneira, acho que isso depende de mais consultas entre ambos os lados”, afirma o porta voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang.
EUA anuncia aumento de tarifas
Na última sexta entrou em vigor o aumento nas tarifas alfandegárias sobre produtos importados chineses, avaliados em US$200 bilhões. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha anunciado esse aumento no último domingo (5), afirmando que os impostos alfandegários passariam de 10% a 25%.
Na última quinta-feira (9) a China e os EUA retornaram as negociações, no entanto, o país asiático não conseguiu impedir o aumento das tarifas.
Em um comunicado, a China informou que pretende retaliar, mas não especificou a modalidade. O Ministério do Comércio de Pequim lamentou a medida de Trump, mas acredita que os dois países podem evitar uma guerra comercial.
China também anuncia aumento de tarifas
A China anunciou na última segunda que vai aumentar as tarifas sobre US$ 60 bilhões de produtos norte-americanos. A medida ocorre como retaliação aos Estados Unidos por elevarem as taxas sobre importações de produtos chineses.
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A elevação da tarifa será aplicada a produtos norte-americanos a partir de 1 de junho.A medida ocorreu após o país chinês anunciar que “não renderia à pressão externa”.
“Dissemos muitas vezes que acrescentar tarifas não vai resolver qualquer problema. A China nunca vai se render à pressão externa. Temos a confiança e a capacidade de proteger nossos direitos legítimos e legais”, disse Shuang.
Guerra comercial
Em 2015, a China lançou o programa “Made in China 2025”, que tinha como objetivo fazer do país um líder mundial em setores, como:
- aeronáutica;
- robótica;
- telecomunicações;
- inteligência artificial
- e veículos de energia limpa.
Aliado da produção chinesa, Trump, pareceu favorável ao progresso do país oriental. Contudo, ele observou perdas norte-americanas com o novo plano chinês.
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Assim, os EUA pedem o fim de práticas comerciais que julga “injustas”, como:
- Transferência de tecnologia imposta a empresas estrangeiras na China;
- Roubo de propriedade intelectual dos EUA;
- Subsídios concedidos a empresas estatais chinesas.
Para “incentivar” Pequim a corrigir tais “injustiças” do comércio, a Casa Branca impôs novas tarifas de US$ 250 bilhões em produtos chineses.
No entanto, em retaliação, a China aplicou tarifas adicionais a US$ 110 bilhões em produtos norte-americanos.