China exige que EUA desista do pedido de prisão da CFO da Huawei
O vice-ministro de Relações Exteriores da China, Le Yucheng, afirmou ao embaixador dos EUA, Terry Branstad que o governo chinês “vai responder com novas medidas dependendo das ações dos EUA”.
A fala refere-se ao pedido de prisão da CFO da gigante tecnológica Huawei Technologies, Meng Wangzhou. A China também alertou o Canadá quanto às consequências de não liberar Wangzhou, sem especificar quais consequências seriam estas.
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Do mesmo modo, Yucheng alegou que Washington realizou uma “exigência despropositada” ao pedir a prisão da CFO no Canadá, enquanto ela trocava de aviões em Vancouver.
Assim que a prisão da filha do fundador da Huawei foi divulgada à Imprensa, na quarta-feira (05), Pequim manifestou que “a parte chinesa se opõe firmemente e protesta energicamente por este tipo de ação, que prejudica gravemente os direitos humanos da vítima”.
Segundo os EUA, a prisão de Wangzhou é referente à violação de sanções contra o Irã. Caso seja extraditada para Washington, ela enfrentará acusações com pena máxima de 30 anos cada.
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A prisão da CFO preocupa o mercado global, que respirava após a trégua na guerra comercial envolvendo os países.
O acordo entre Donald Trump e Xi Jinping para conter o aumento de tarifas de importação ocorreu na cúpula do G20, no mesmo dia da prisão da chinesa (01)
Huawei Technologies
A Huawei Technologies passou a Apple no mercado de smartphones, segundo o ranking da International Data Corporation (IDC) deste ano. No 1º lugar da lista está a sul-coreana Samsung.
A empresa chinesa foi fundada em 1987 por Ren Zhengfei (pai de Meng), e hoje é a 68º marca mais relevante do mundo, de acordo com a pesquisa Best Global Brand 2018. O seu valor de mercado está perto de US$ 8 bilhões.
A multinacional conta com 170 mil funcionários espalhados por 170 países.
A receita prevista para este ano é superior a US$ 100 bilhões. O lucro da empresa em 2017 foi de US$ 7,3 bilhões, com taxa de crescimento de 16%.
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No evento anual da Huawei, que ocorreu em outubro em Xangai, as palestras e conferências expressaram a intenção da empresa tornar-se líder mundial em tecnologia de inteligência artificial (AI), divulgou a Exame.
Em 2017, o investimento neste segmento foi de US$ 13 bilhões. Já o número de patentes em AI ultrapassou 74 mil.
Ainda neste setor, a gigante tecnológica da China lançou uma plataforma de ensino de desenvolvimento de AI. O projeto custou cerca de US$ 140 milhões e ambiciona a formação de 1 milhão de desenvolvedores em 3 anos.