De acordo com informações da agência “Reuters”, a China solicitou às empresas estatais do país que parem de comprar produtos agrícolas, soja e suínos dos Estados Unidos. As informações foram passadas para a agência de notícias por duas pessoas próximas ao assunto. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou, na última sexta-feira (29), que limitaria a entrada de chineses no país e iria impor sanções comerciais a Hong Kong.
“A China pediu às principais empresas estatais que suspendessem as compras em larga escala dos principais produtos agrícolas dos EUA, como soja e carne de porco, em resposta à reação dos EUA a Hong Kong. Agora vamos assistir e ver o que os EUA farão a seguir”, disseram as fontes da agência.
Ainda segundo as fontes consultadas pela “Reuters”, um grande volume de compras de milho e algodão dos Estados Unidos pela China também foi suspenso. A China ainda pode aumentar suas restrições em resposta aos ataques verbais de Trump com medidas como, por exemplo, o aumento de produtos agrícolas a não serem comprados dos EUA.
O porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, disse à imprensa que “toda declaração ou ação que prejudique os interesses da China encontrarão um firme contra-ataque”.
China aprova nova lei de segurança sobre Hong Kong
O Congresso Nacional do Povo da China aprovou, na última quinta-feira (28), uma nova lei de segurança nacional sobre Hong Kong. De acordo com especialistas, o ato pode ser visto como um desafio ao presidente dos EUA, Donald Trump, que já havia ameaçado sanções à China pela intervenção na cidade.
O congresso da China aprovou por 2.878 votos à favor e um contra, com seis abstenções, a lei que proíbe subversão, secessão, terrorismo e interferência estrangeira em Hong Kong. Para Trump, a decisão viola as liberdades essenciais da cidade semi-autônoma, que protagoniza protestos pró-democracia desde o início de 2019.
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