Em meio à guerra comercial, o crescimento da produção industrial da China desacelerou para 4,8% em julho em comparação com o mesmo período de 2018.
O resultado foi maior que o esperado, com o crescimento industrial desacelerando para a mínima dos últimos 17 anos. A disputa comercial com os norte-americanos impacta sobre as empresas e consumidores da China.
Atividade industrial da China
Mesmo após uma série de medidas do governo no último ano, a atividade industrial chinesa continua a esfriar.
Nesse momento, a questão levantada por analistas é se existe a necessidade de um estímulo mais rápido, mesmo que isso possa acarretar no aumento da dívida.
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Larry Hu, diretor do Macquarie Group, um banco de investimentos e financiamentos multinacionais da Austrália, disse que “a economia da China precisa de mais estímulo porque os obstáculos são bastante fortes e os dados de hoje são muito mais fracos do que o consenso”.
Na comparação anual, o crescimento da produção industrial desacelerou para 4,8% no último mês de julho, de acordo com os dados da Agência Nacional de Estatística. O ritmo mais fraco desde fevereiro de 2002.
O Ministério da Indústria chinesa já disse no mês passado que a China precisará de “esforços árduos” para alcançar sua meta de crescimento industrial. Esse ano, essa meta foi estabelecida de 5,5% a 6,0%.
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Os resultados no varejo também indicam cautela do consumidor chinês, mais evidente na queda das vendas de automóveis mas também em gastos relacionados à residência como móveis e eletrodomésticos.
As vendas varejistas subiram 7,6% na China, consideravelmente abaixo da expectativa de 8,6% e mais fraco do que a previsão mais pessimista. As vendas haviam saltado 9,8% em no mês passado, o que muitos analistas viram como temporário.
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