China deve crescer significativamente mais do que EUA, aponta Bloomberg
Um cálculo da Bloomberg com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta que a pandemia do novo coronavírus deve produzir um avanço ainda maior da posição da China no crescimento global. De acordo com as estimativas, a proporção da expansão mundial proveniente do país asiático deve aumentar de 26,8% em 2021 para 27,7% em 2025.
A base de crescimento da China é de 15 e 17 pontos percentuais superior à participação dos Estados Unidos no próximo ano e em 2025, respectivamente. Segundo os números, além dos EUA e da China, os cinco mais motores do crescimento mundial em 2021 incluem Índia, Alemanha e Indonésia.
Enquanto o FMI prevê uma alta de 5,2% no ano que vem, a entidade internacional espera que a economia cresça 8,2% em 2021, uma baixa de um ponto percentual em relação à projeção de abril do FMI, mais ainda equivalente a um quarto do crescimento global. Ao mesmo tempo, o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos deve aumentar 3,1%, respondendo por cerca de 11,6% da expansão mundial no próximo ano em termos de paridade do poder de compra.
China deve superar níveis de 2019 neste ano
No mês de janeiro, antes da escalada da pandemia do novo coronavírus, o Fundo esperava um crescimento da economia global de 3,3% em 2020 e de 3,4% no ano seguinte. “Embora a economia global esteja se recuperando, a ascensão provavelmente será longa, desigual e incerta”, afirmou a diretora de pesquisa do FMI, Gita Gopinath, em relatório.
Depois da recuperação em 2021, a expansão global deve desacelerar de maneira gradual para cerca de 3,5% no médio prazo, de acordo com o documento da entidade.
Com esse cenário em vista, a produção nas economias avançadas e nos mercado emergentes e em desenvolvimento deve se manter abaixo dos patamares de 2019 também em 2021, com exceção da China, que deve ultrapassar os níveis do ano passado ainda em 2020.