China faz primeiro corte nas principais taxas de juros em 10 meses

O Banco do Povo da China (PBoC, o banco central chinês) cortou suas principais taxas de juros pela primeira vez em 10 meses. O corte feito pela autoridade monetário foi de 10 pontos-base.

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Em comunicado divulgado nesta terça-feira (20), o banco central da China informou que a taxa de juros de referência para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) de 1 ano caiu de 3,65% para 3,55% e que a taxa para empréstimos de 5 anos recuou de 4,30% para 4,20%.

A redução das LPRs era esperada pelo mercado, uma vez que o PBoC recentemente ajustou os juros da linha de empréstimo de médio prazo (MLF) para 1 ano de 2,75% para 2,65% e os juros de recompra reversa de 7 dias de 2% para 1,9%.

Mais cortes na China na semana anterior

Ainda na semana passada o PBoC anunciou corte dos juros da linha de empréstimo de médio prazo (MLF) para 1 ano de 2,75% para 2,65%.

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Após a redução dos juros de recompra reversa de sete dias a 1,9%, na noite da segunda (12), essa decisão reforçou a expectativa de que a autoridade monetária da China leve para baixo as taxas de referência de empréstimos – conhecidas como LPRs – na semana que vem.

O PBoC injetou 237 bilhões de yuans (US$ 33,08 bilhões) de liquidez por meio da linha de crédito de médio prazo de 1 ano, a uma taxa de juros de 2,65%.

Também injetou 2 bilhões de yuans por meio de seu acordo de recompra reversa de sete dias, a uma taxa de juros mantida em 1,9%.

Isso, considerando os indicadores econômicos da China divulgados recentemente, que apontam que a segunda maior economia do mundo mostrou mais sinais de arrefecimento. A decisão sobre as principais taxas será divulgada na terça-feira da semana seguinte, no dia 20.

O PBoC injetou 2 bilhões de yuans (US$ 279,9 milhões) em liquidez no mercado financeiro por meio do acordo de recompra reversa de sete dias, a uma taxa de juros de 1,9%, abaixo da taxa anterior de 2%.

A medida ocorre depois que o presidente do PBoC, Yi Gang, disse na semana anterior que o banco central intensificará os ajustes “anticíclicos” e reduzirá ainda mais os custos de financiamento para a economia.

Dados econômicos recentes mostraram que a recuperação da pandemia na China perdeu força sem estímulos do governo, após uma forte recuperação no início deste ano.

Os recentes cortes nas taxas de depósito pelos bancos comerciais da China também tornaram mais provável um corte na taxa básica de juros neste mês, já que o corte nas taxas de depósito pode levar a um aperto menor nas margens de juros dos credores, dizem economistas.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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