China e Estados Unidos confirmam acordo na guerra comercial
A China confirmou na manhã desta sexta-feira (13) o acordo comercial com os Estados Unidos, após 19 meses de negociações na guerra comercial.
Wang Shouwen, vice-ministro do Comércio da China, afirmou em uma entrevista coletiva em Pequim que ambas as partes alcançaram “progressos significativos” na guerra comercial.
Segundo o representante chinês, o acordo resulta na remoção de algumas das tarifas sobre US$ 360 bilhões em produtos de origem chinesa por parte dos Estados Unidos. Segundo ele, as tarifas sairiam em fases e incluiriam isenções adicionais para algumas exportações.
Confira: China diz que manterá ‘crescimento estável’ em meio à guerra comercial
“Isso criará melhores condições para a China e os Estados Unidos fortalecerem a cooperação”, salientou Wang.
A Casa Branca não anunciou formalmente o acordo, no entanto, o presidente norte-americano Donald Trump, escreveu em sua conta pessoal no Twitter que um grande acordo foi firmado com os chineses, os quais farão significativas mudanças e grandes compras de produtos agrícolas, de energia produtos manufaturados oriundos dos Estados Unidos.
We have agreed to a very large Phase One Deal with China. They have agreed to many structural changes and massive purchases of Agricultural Product, Energy, and Manufactured Goods, plus much more. The 25% Tariffs will remain as is, with 7 1/2% put on much of the remainder….
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) December 13, 2019
Segundo o jornal norte-americano “New York Times”, alguns consultores do governo dos Estados Unidos disseram que os chineses concordaram em comprar cerca de US$ 50 bilhões em produtos agrícolas americanos no próximo ano. Em troca, o mandatário estadunidense também concordou em adiar ou cancelar outra rodada de tarifas planejadas para o próximo domingo (15).
Além disso, o acordo engloba o compromisso chinês em fortalecer leis que abrangem propriedade intelectual e câmbio. O ministro disse que os dois lados concordaram em concluir as revisões legais o quanto antes e definirão os acordos para uma assinatura oficial.
O acordo vem em bom momento para Trump, pois o entendimento com os chineses para o fim da primeira fase na guerra comercial poderá ser usado em sua campanha para a reeleição nas eleições de 2020 enquanto o Congresso avança com seu impeachment.