O Banco Popular da China anunciou, na noite da última segunda-feira (1), que comprará 400 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 56,1 bilhões (cerca de R$ 292,53 bilhões) em fatias de empréstimos não garantidos de pequenas e médias empresas.
A política monetária mais ostenstiva é um esforço para estimular a economia da China, a segunda mais potente do planeta, em meio à recuperação dos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A autoridade monetária chinesa comprará até 40% dos empréstimos com vencimento em até seis meses, realizados a partir de março.
Enquanto os bancos qualificados para o programa deverão reduzir suas taxas de empréstimos, o Banco Popular da China exige dos beneficiários a promessa de que não demitam seus trabalhadores.
Em comparação ao pacote de estímulos de 1,7 trilhão de yuans anunciado pela China no mês passado, o montante agora divulgado pode ser pequeno, no entanto, segundo Ding Shuang, economista da Standard Chartered, esse programa é “significativo em relação ao montante total de empréstimos feitos a pequenas e micro empresas”. “Isso os ajudará muito”, disse ao jornal “The Wall Street Journal”.
A medida vem logo após o governo chinês desistir de estipular uma meta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Essa é a primeira vez que o Estado chinês não divulga uma meta para o desempenho de sua economia desde 1994.
No primeiro trimestre deste ano, a atividade econômica chinesa recuou 6,8%, o primeiro registro negativo desde 1992. Em termos anuais, a última vez que a China registrou queda do PIB foi em 1976, no fim da Revolução Cultural.
As instituições financeiras chinesas realizaram mais empréstimos durante os quatro primeiros meses deste ano, ao passo que o Banco Central chinês injetou os recursos no sistema. Entretanto, por mais que essas medidas possam facilitar a concessão de empréstimos, podem provocar bolhas no sistema e inflação de preços, segundo economistas ouvidos pelo “The Wall Street Journal”.
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Ademais, na última segunda-feira, o Banco Popular da China também detalhou outras medidas a serem implementadas, como o programa de auxílio a credores a prolongar prazos para os esperados 3,7 trilhões de yuans em empréstimos a pequenas empresas.
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