China: Presidente do BC sinaliza cortes no compulsório para ‘apoiar economia’

O presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Yi Gang, sinalizou nesta sexta (3) que a instituição pode calibrar suas próximas medidas para ‘apoiar a economia local’.

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Segundo o presidente do Banco Central da China, a autoridade monetária pode reduzir o montante que os bancos comerciais precisam deixar parado, a fim de liberar fundos de longo prazo.

A China cortou o compulsório bancário 14 vezes desde 2018, o que levou a taxa (RRR, na sigla em inglês) de cerca de 15% para 8%. A redução do compulsório é ainda um meio “efetivo” para apoiar a economia e manter a liquidez em nível razoável, afirmou Yi em resposta a uma questão levantada durante um briefing.

Questionado sobre a possibilidade de cortes nas taxas de juros, o presidente do PBoC disse que o nível atual das taxas de juros reais era apropriado.

Yi disse esperar que o yuan se estabilize em um nível de equilíbrio neste ano, expressão geralmente usada por autoridades para descrever sua meta para a política cambial, e acrescentou que a divisa pode ter pequenas flutuações, algo positivo para a economia.

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Como está a economia da China

Indicadores econômicos até agora disponíveis mostraram que a economia chinesa reagiu com mais força que o esperado pelo mercado no primeiro bimestre do ano, após Pequim abandonar abruptamente suas restrições contra a covid-19, no fim de 2022.

Um dos vice-presidentes do PBoC, Liu Guoqiang afirmou no mesmo briefing nesta sexta-feira que o banco central evitaria grandes mudanças na política monetária, apesar de mudanças positivas na economia.

Os dirigentes disseram que o PBoC segue cauteloso ante qualquer alta na inflação e que a inflação ao consumidor esteve em nível “ideal” no último ano.

Liu disse também que o rápido aumento da poupança foi resultado das restrições contra a covid-19, que limitaram a capacidade dos chineses de gastar e investir.

A taxa de poupança deve voltar ao normal neste ano, quando o crescimento econômico e a confiança do consumidor se recuperar, acrescentou o vice do Banco do Povo da China.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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