O crescimento econômico da China vem sofrendo os impactos da guerra comercial que se arrastam há mais de um ano. Neste trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) subiu 6% na comparação com o ano passado, o pior resultado em quase 30 anos. No trimestre anterior, o crescimento foi um pouco maior, de 6,2%.
Dados fracos da China nos últimos meses demonstram a demanda mais fraca interna e externa. É consenso entre analistas que a disputa comercial com os norte-americanos afeta a produção industrial.
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Especialistas afirmam que o espaço para estímulos agressivos é limitado em um contexto onde o gigante asiático já possui um grande volume de dívida após ciclos anteriores de afrouxamento.
Desempenho econômico da China
“Dado que as exportações não devem se recuperar e dada uma possível desaceleração no setor imobiliário, a pressão de baixa sobre a economia da China deve continuar, com expectativa de que o crescimento do quarto trimestre caia para 5,9%’, afirmou Nie Wen, economista do Hwabao Trust à agência de notícias “Reuters”.
A expansão da economia no terceiro trimestre de 2019, que ficou abaixo da expectativa de crescimento de 6,1%, foi a mais lenta desde o primeiro trimestre de 1992. A meta do governo para o ano é de um crescimento entre 6,0% e 6,5%.
Após a divulgação dos dados, Mao Shengyong, porta-voz da agência de estatísticas da China, em entrevista, disse que a medida para fomentar o investimento em infraestruturas regionais poderia ser a antecipação de algumas emissões especiais de títulos de governos locais para este ano.
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Contrastando com os resultados econômicos, a produção industrial da China cresceu acima do esperado no mês de setembro, a uma taxa anualizada de 5,8%, após o resultado de agosto ter sido o pior em 17 anos.
O aumento ficou em linha com os indícios de aumento das encomendas domésticas, embora a demanda geral permaneça em níveis historicamente fracos. Analistas do setor aguardavam um crescimento de 5,0% da produção industrial da China no último mês.
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