Charles é o novo Rei do Reino Unido após 70 anos como príncipe; o que esperar do reinado

Aos 73 anos, Charles Philip Arthur George é o novo Rei do Reino Unido. É o soberano mais velho da história a assumir o trono. O que se pode esperar em relação à economia e política global do novo reinado?

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Nesta quinta-feira (8), com a morte da Rainha Elizabeth II, aos 96 anos, seu filho Charles, príncipe por 70 anos desde a coroação de sua mãe, é o monarca na linha de sucessão do Reino Unido.

A sucessão ocorre em meio a um cenário econômico desafiador para o Reino Unido e a Europa, que sofrem com inflação alta e problemas de energia, principalmente com o gás, ocasionados pelo conflito geopolítico da Rússia e da Ucrânia.

Charles pode escolher seu próprio nome de monarca e é esperado que escolha Charles III. Como de costume, será nomeado rei um dia após a morte da rainha e depois que seus irmãos beijarem cerimoniosamente sua mão.

Proclamações devem ser feitas e ele visitará a Escócia, a Irlanda do Norte e o País de Gales. Suas primeiras palavras como monarca ocorrerão no Palácio de St. James.

A coroação do rei Charles III será planejada alguns meses após o funeral, e o título de príncipe de Gales passará para o príncipe William, mas não imediatamente.

O antigo príncipe foi alvo de muitas polêmicas durante os anos, envolvendo declarações “impensadas”, sua personalidade tímida e sua aparente “aversão” ao trono. Mas nada marca mais a figura de Charles como a morte de sua antiga esposa, a princesa Diana, também conhecida como Lady Di, e o seu relacionamento controverso com sua atual esposa Camilla, Duquesa de Cornwall.

O que muda economicamente com o reinado de Charles no Reino Unido?

Carlos Henrique Pessoa, sócio fundador e CEO da Vêneto Multi-family Office, afirma que na economia nada muda. O importante é o partido que lidera o Reino Unido, neste caso, Conservador.

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No olho político, Pessoa explica que tanto a rainha Elizabeth II, como o antigo príncipe Charles se mostraram “neutros” em suas posições: “São figuras institucionais e pouco atuantes no âmbito político.”

A interferência pode ocorrer na questão turística, e todos os aspectos que envolvem a “idolatria” à família real.

Na avaliação do CEO, a figura de Charles enfraquece o reinado britânico se comparado à “figura mais assertiva” da falecida Rainha. “No limite, o rei pode levar a uma mudança de regime político, mas acho pouco provável. O povo britânico abraçou a família real e não vejo tão possível essa mudança”, pontua Pessoa.

“A morte da rainha não muda nada para o investidor”, diz Fabio Fares, especialista em análise macro da Quantzed. Na política monetária e econômica e na política também não devem ocorrer mudanças, na avaliação do especialista.

Fares afirmou que agora está na “mão” da primeira ministra do Reino Unido, Liz Truss, tomar decisões de maior impacto.

“Temos que ficar de olho mesmo na nova primeira ministra, a Liz, que acabou de chegar e disse que vai fazer o possível para reaquecer a economia inglesa e conseguir fazer com que as famílias não sofram muito com a crise enérgica no inverno, que está próximo”, pontua. Charles terá o papel institucional que cabe ao monarca britânico.

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Ana Clara Macedo

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