A Chanel informou nessa quinta-feira (25) que recentemente conseguiu fechar linhas de crédito que somaram US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) para reforçar as finanças frente a pandemia de coronavírus (Covid-19). Do total, US$ 843,7 milhões (cerca de R$ 4,2 bilhões) foi provido pelo Citigroup em maio, enquanto o restante, US$ 275 milhões (cerca de R$ 1,37 bilhões), foi oferecido pelo banco BNP Paribas em meados de abril, conforme indicam os documentos regulatórios.
Além disso, devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus nos negócios da empresa, a Chanel levantou US$ 756 milhões (cerca de R$ 3,7 bilhões ) em financiamento de emergência em abril, através do programa de empréstimos do Reino Unido. Vale destacar que a companhia é francesa, mas tem sede em Londres.
A empresa especializada em alta costura e bens de luxo ainda divulgou, nessa semana, seu relatório anual referente a 2019, onde destaca que “o grupo sempre manteve um balanço saudável com fortes fluxos de caixa” no período.
“Para assegurar ainda mais essa posição, o grupo obteve financiamento adicional em 2020 para poder continuar investindo na visão de longo prazo da marca, enquanto navega por estes tempos sem precedentes”, completou o documento.
Crise causa impacto ‘significativo’ nas finanças da Chanel
Apesar da companhia ter buscado aproximar seus clientes durante o isolamento social através de plataformas online e fazendo parcerias com artistas, a Chanel salientou que não conseguia avaliar o impacto total que a crise causou em suas finanças, mas destacou que foi ‘significativo’.
Já a Bain & Co. projeta que as vendas de produtos de luxo pessoais devem ter um resumo de 35% nesse ano, em comparação ao ano passado.
Veja também: FMI amplia linha de crédito para países da América Latina
Vale destacar que na última quarta-feira (24) a principal loja da Chanel em Nova Iorque estava aberta, mas só atendendo clientes que haviam marcado horário, de acordo com a equipe de segurança do local.