CFO da Nikola defende tecnologia e modelo de negócios da empresa

O diretor financeiro da Nikola (NASDAQ: NKLA), Kim Brady, defendeu nesta terça-feira (22) a tecnologia e o plano de negócios da montadora de caminhões elétricos enquanto a empresa enfrenta acusações de fraude no mercado norte-americano.

“Nada mudou”, afirmou o executivo, em conferência online com investidores, salientou que os parceiros da Nikola mantém o curso após a saída do CEO Trevor Milton. “Nós recomendamos que investidores foquem realmente no futuro e no que entregamos e vamos entregar.”

A companhia, que possui parcerias com a General Motors, Robert Bosch GmbH e outros, está sob escrutínio após alegações de enganou deliberadamente investidores sobre o progresso real de sua tecnologia. As acusações foram divulgadas em um relatório do início do mês da Hindenburg Research.

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No último domingo (20), o fundador da Nikola Trevor Milton renunciou ao cargo de CEO, afirmando desejar que o foco da companhia seja o negócio, não ele. O Milton foi substituído por Stephen Girsky, ex-executivo da GM e diretor da Nikola.

Acusações levantas dúvidas sobre Nikola

As acusações de fraude em relação à startup levantaram questões entre investidores e analistas  sobre se os parceiros da companhia realizaram devidamente a diligência.

De acordo com as alegações da Hindenburg Research, Trevor Milton levou os investidores a acreditar que a Nikola desenvolvia largamente sua própria tecnologia, quando em realidade a empresa adquiria as equipamentos de fornecedores terceiros.

Brady ainda defendeu a companhia argumentando que os caminhões apresentados em eventos passados, e no vídeo promocional, eram operacionais, embora não fossem capazes de se mover por conta própria.

A montadora comunicou que o veículo no vídeo possuía baterias e outros componentes funcionais, mas não se movia sob propulsão própria. Na gravação, contudo, nunca foi afirmado que o protótipo se movia sozinho, argumentou a empresa.

O jornal “The Wall Street Journal” publicou que a Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado de capitais norte-americano) e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos estão investigando se a Nikola enganou os investidor fazendo-os acreditar em promessas exageradas, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

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Arthur Guimarães

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