Cesare Battisti, 64 anos, desembarcou na manhã desta segunda-feira (14) no aeroporto de Ciampino, em Roma.
Cesare Battisti fugiu da Itália em 1981. Agora, retorna à sua nação após ser entregue às autoridades italianas no aeroporto de Viru Viru, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, no último domingo (13).
O italiano será levado à prisão de Rebibbia, presídio na periferia de Roma.
Por ter sido preso na Bolívia, que não possui acordo de extradição com a Itália, Battisti cumprirá a pena de prisão perpétua a qual foi condenado em 1991.
Caso tivesse sido extraditado do Brasil, o italiano poderia cumprir até 30 anos encarcerado, dependendo do acordo entre Brasil e Itália.
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Condenação
Battisti é considerado terrorista pelas autoridades brasileiras e italianas. Na década de 1970, o italiano era membro do grupo militante de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas.
Em 1993, a Justiça italiana condenou o militante por quatro assassinatos ocorridos entre 1977 e 1979:
- Antonio Santoro, um marechal da polícia penitenciária, foi morto em 6 de junho de 1978.
- Pierluigi Torregiani, joalheiro, foi morto em 16 de fevereiro de 1979.
- Lino Sabbadin, açougueiro, foi morto também em 16 de fevereiro de 1979.
- Andrea Campagna, policial, foi morto em 19 de abril de 1979.
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Conforme informações da agência de notícias italiana “ANSA”, o homicida cumprirá regime de isolamento diurno já a partir desta segunda-feira.
Ficar sozinho em uma cela será o primeiro regime carcerário imposto a Cesare Battisti. No entanto, ele provavelmente será transferido a uma ala de segurança máxima, reservada aos terroristas.