O Certificado de Recebíveis Tributários (CRT) é uma nova classe de ativos que entra no mercado de crédito, análogo ao Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) ou Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
O CRT promete rentabilidade de até 140% do CDI. Lançado pelo Grupo Studio e apresentado durante a Expert XP, a classe de ativo transforma créditos tributários em ativos financeiros.
A linha de crédito inicial é de R$ 600 milhões, e a casa tem expectativa de alcançar R$ 1 bilhão até 2025.
Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio, explica que é o primeiro título brasileiro lastreado em créditos tributários, inspirado justamente nos CRIs e CRAs – que já são populares em carteiras de fundos.
“Essa nova modalidade permite às empresas anteciparem tributos pagos indevidamente, sem a necessidade de longas disputas judiciais. Isso facilita o acesso à liquidez imediata, independentemente do porte da empresa”, comenta Monteiro.
O executivo ainda comenta que há a possibilidade de antecipar valores referentes a tributos sem a necessidade de aguardar de seis a doze meses pela restituição.
“Embora o empresário pague juros pela antecipação, ele não precisa devolver o principal, já que este valor estava registrado na contabilidade da empresa. Essa solução é particularmente interessante para negócios que desconheciam a existência desses créditos”, detalha.
João Kepler, conselheiro do Grupo Studio e sócio da Equity Fund Group, comenta que a classe de ativo é relevante no momento atual, concedendo mais liquidez.
“Essa inovação tem o poder de impulsionar o crescimento e a sustentabilidade das empresas em todo o país, aproveitando a transformação tributária como vantagem competitiva”.
Taxa de juro do CRT
O Grupo Studio detalha que as taxas de juros do ativo variam entre 1,4% e 2,3% ao mês, somando uma rentabilidade que pode chegar a 140% do CDI.
Os especialistas da casa também defendem que o processo de aprovação para a obtenção do recurso é ágil, servindo às companhias que buscam capital.
Quem atua na certificação dos créditos tributários é a Fintax, braço tecnológico da Studio Fiscal.
Quem pode investir
Atualmente o CRT ainda não está disponível para o público geral de investidores, já que o fundo é fechado e sem captação aberta no momento. A linha de crédito pode ser acessada por empresas com faturamento superior a R$ 10 milhões.
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