O CEO do fundo de investimento japonês SoftBank, Masayoshi Son, deixará o cargo de conselheiro do Alibaba, gigante varejista chinesa. A renúncia foi apresentada nesta quinta-feira (25), na conferência anual de acionistas do SoftBank.
A saída do executivo do conselho do Alibaba segue a renúncia de Jack Ma, co-fundador do Alibaba, do conselho do SoftBank, reduzindo, assim, os laços entre as empresas.
Son afirmou que a saída foi tranquila e que continua confiante no Alibaba, onde o SoftBank possui uma participação de aproximadamente 25%. Ambas as renúncias terão efeito a partir desta quinta-feira.
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“Espero que continuemos a deter o máximo de ações da Alibaba, enquanto pudermos”, afirmou o executivo aos acionistas em uma reunião realizada on-line, em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
As demissões ocorrem em um momento conturbado para o SoftBank. Recentemente, a companhia japonesa teve que arcar com um prejuízo de mais de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 534,7 bilhões) de um dos seus fundos, o Vision Fund.
Ambos os empresários possuem suas participações nas histórias da empresa. Jack Ma adentrou o conselho do SoftBank em 2007; pouco antes, em 2005, Son passou a fazer parte do conselho do Alibaba, após realizar um investimento de US$ 20 milhões.
Tal aquisição do grupo japonês é a mais bem sucedida de sua trajetória — a participação hoje está avaliada em US$ 152 bilhões. A fatia do SoftBank colabora com o Alibaba em suas atividades de financiamento, captação de recursos, além do crescimento do preço das ações.
Na conferência desta quinta-feira, Son afirmou que os ativos de sua empresa, que foram fortemente afetados pela pandemia nos últimos meses, praticamente já voltaram ao nível pré-coronavírus — segundo ele, isso se deve em grande parte às ações do Alibaba.
No entanto, paulatinamente o SoftBank vem vendendo seus papéis do Alibaba para levantar dinheiro. Somente neste ano, já foram vendidos mais de US$ 11,5 bilhões em açõe da varejista. O SoftBank tem utilizado os recursos para recomprar suas ações, com o objetivo de fortalecer seus balanços.
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O grupo japonês, no entanto, não divulgou qual a porcentagem de participação que ainda detém no empresa chinesa, nem quanto espera possuir quando essas vendas acabarem. Enquanto a participação ainda exceder 20%, a empresa manterá o direito de nomear um diretor para o Conselho de Administração na chinesa.
O Alibaba agradeceu a Son por sua “inspiração empreendedora”, e disse que continuará recebendo o apoio do grupo japonês.