O CEO da Petz (PETZ3), Sergio Zimerman, ultrapassou 30% de participação societária na companhia. A informação foi comunicada ao mercado pela varejista nesta quinta-feira (25).
A posição do CEO da Petz na companhia agora é de 141,4 milhões de ações ordinárias – que representam cerca de 30,6% do capital social.
A divulgação pública se dá por conta da obrigação regulatória de avisar ao mercado sempre que um acionista ultrapassa marcas de 5%, 10%, 15% e em diante na estrutura societária.
Conforme detalhado pela empresa, além das ações ordinárias o executivo detém “10.000.000 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias de emissão da Companhia, de liquidação física, que potencialmente podem aumentar a participação para aproximadamente 1,1% do total do capital social”.
Além disso, Sergio Zimerman detém “172.000.000 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias de emissão da Companhia, de liquidação exclusivamente financeira, que representam, em conjunto, aproximadamente, 17,4% do capital social da Companhia”.
Adicionalmente, estes instrumentos não têm o potencial de interferir na participação no capital social da Companhia.
A notícia se dá em meio a um rali relevante de PETZ3, dada a alta de 52% entre os dias 18 e 22 de abril. A apreciação dos papéis está atrelada ao comunicado oficial de que a companhia possivelmente fará uma fusão com a Cobasi.
Ainda é cedo para avaliar potencial de sinergias de Petz e Cobasi, diz XP
Em relatório, a XP (XPBR31) avaliou de forma positiva o acordo sobre a possível fusão entre a Petz e a Cobasi, mas acredita que ainda é cedo para avaliar o potencial de sinergias entre as duas empresas. As ações da Petz disparam nesta segunda-feira (22), liderando os ganhos do Ibovespa.
ara a XP, ainda é cedo para avaliar o potencial de sinergias, que só deve ser esclarecido pela Petz após a assinatura. A casa vê espaço para diluição de custos impulsionada por ganhos de escala e pela adição da Petix ao portfólio da Cobasi, bem como pela otimização da presença, especialmente em São Paulo.
Além das sinergias operacionais, o banco avalia que o acordo deve trazer um ambiente competitivo mais racional em lojas físicas, uma vez que as duas empresas são as maiores do setor. “Entretanto, esperamos que a competição online permaneça pressionada, mas com o acordo fortalecendo a nova companhia para competir com os marketplaces”, escrevem os analistas Daniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer.
A XP lembra também que as duas companhias têm de 60 a 90 dias para realizar processos de due diligence, estimar sinergias potenciais e assinar acordos finais. “Se bem sucedido, o acordo ainda estaria sujeito a aprovação do CADE, para a qual enxergamos riscos de possíveis remédios, especialmente no estado de São Paulo”, finaliza.
A XP manteve sua recomendação de ‘compra’ para ações da Petz, com preço-alvo de R$ 4,50 – abaixo do patamar atual.