CEO da Petrobras (PETR4) faz novo aceno para abandonar política de preços
O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, fez uma nova sinalização de que não deve seguir mais a atual política de preços de paridade de importação (PPI) para os combustíveis.
A investidores em teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre de 2022, ele disse que o alinhamento ao PPI é o melhor para os competidores da estatal, mas não necessariamente para a própria Petrobras.
De fato, quando a Petrobras se alinha à paridade de importação, abre espaço para outros agentes de mercado importarem cargas do exterior, o que é considerado estratégico por especialistas, sobretudo no caso do diesel, em que 20% a 30% do volume consumido no País vem do exterior.
Sem dar detalhes, Prates afirmou que, sob sua gestão, a empresa vai buscar praticar o “melhor preço doméstico” para combustíveis, diferentes portanto do PPI.
“Devemos usar a nossa competitividade, nossas refinarias, nossa logística doméstica, o fato de ser a empresa líder no país, não monopolista, para buscar esse melhor preço”, disse.
“Vamos voltar a praticar o melhor preço doméstico para os nosso produtos usando todas as ferramentas para nos tornar atrativos para os nossos clientes”, continuou Prates.
Com Estadão Conteúdo
Resultado da Petrobras no 4T22
A Petrobras reportou um lucro líquido de R$ 43,3 bilhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), o que corresponde a uma alta de 37,6% frente aos R$ 31,504 bilhões registrados no mesmo período de 2021. No acumulado do ano foram R$ 188,328 bilhões – lucro recorde -, alta de 76,6% no comparativo com os R$ 83,286 bilhões do ano anterior.
O balanço da Petrobras no 4T22 ficou em linha com as expectativas dos analistas do consenso Refinitiv, que projetavam um lucro de R$ 43,4 bilhões. A Bloomberg estimava, porém, um número menor para o lucro líquido: R$ 41 bilhões.
Ainda de acordo com balanço, o lucro líquido recorrente da Petrobras no 4T22 foi de R$ 42,910 bilhões, valor que representa uma alta de 80,3% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram contabilizados R$ 23,795 bilhões.
O Ebitda ajustado da Petrobras no 4T22 totalizou R$ 73 bilhões, um crescimento de 16,1% na comparação anual. O valor ficou abaixo do consenso Refinitiv que projetou R$ 76 bilhões para o trimestre.
Já a receita líquida da Petrobras teve alta de 18,2% na comparação anual, alcançando R$ 158,5 bilhões no 4T22. O consenso Refinitiv previa um montante de R$ 155,4 bilhões.