CEO da Magazine Luiza diz que Amazon não oferece perigo a sua empresa
O diretor executivo do Magazine Luiza (MGLU3), Frederico Trajano, afirmou que a Amazon irá enfrentar complicações no Brasil para conseguir se estabelecer. Isso porque o CEO acredita que o modelo utilizado pela empresa em outros lugares do mundo não daria certo no País. As informações são do podcast do site “InfoMoney”.
Dessa forma, Trajano diz que a Amazon teria que comprar uma empresa com mais domínio do cenário nacional. Contudo, o CEO do Magazine Luiza afirmou que é fã da empresa de Jeff Bezos.
Mesmo assim, Trajano diz que o sistema da companhia de Bezzos tende a não dar certo em países emergentes. “A Amazon praticamente saiu do mercado na China e está tendo dificuldade na Índia também, depois de colocar US$ 5 bilhões no mercado”, destacou o CEO da Magalu.
Trajano salienta, porém, que a Amazon se dá muito bem em países mais desenvolvidos, onde não é preciso ajustar seus modelos de negócios para conseguir atrair o público. “Ela foi bem em todos os países desenvolvidos, onde a logística era muito boa, os juros eram muito baixos, os impostos eram simples para que sistemas fossem configurados”, afirma o CEO da Magazine Luiza.
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Sendo assim, no Brasil, a empresa contaria com dificuldades no setor de logística, além de ter de se acostumar com as diferentes tributações sobre seus produtos.
“A Amazon sempre teve um ciclo positivo de caixa: eram 30 dias de estoque, 45 dias para pagar fornecedor e você recebe tudo à vista”, diz Trajano. O CEO da Magalu ainda salienta a diferença no ciclo de caixa do Brasil. “Aqui o ciclo de caixa é negativo, porque você financia em 10 vezes, tem que antecipar cartão, é uma lógica muito diferente”, destaca.
Principal concorrente
“Hoje nosso principal concorrente mesmo é o Mercado Livre, a que eu tenho que estar mais atento no curto, médio e longo prazo do que qualquer ‘gringa’ que não está melhor posicionada aqui”, analisa.
Dessa forma, o diretor executivo da Magazine Luiza acredita que a operação online deve ser multicanal para dar certo no Brasil.