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CEO do Itaú (ITUB4) vê queda da Selic e ‘sensação térmica de recessão’ em 2023

CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, durante o evento Itaú Macro Vision - Foto: Reprodução/Itaú Unibanco

CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, durante o evento Itaú Macro Vision - Foto: Reprodução/Itaú Unibanco

Segundo Milton Maluhy Filho, o CEO do Itaú Unibanco (ITUB4), o Banco Central, que optou pela manutenção da taxa básica de juros nesta semana, deve afrouxar a política monetária somente no segundo semestre de 2023.

A projeção do executivo do Itaú está em linha com a maioria das projeções do mercado financeiro, conforme reportado pelo Suno Notícias.

A expectativa do Boletim Focus é de que a Selic termine o ano de 2023 em 11,50%, ante projeções anteriores de 11,75%.

“Caso as pressões inflacionárias venham a arrefecer de forma consistente, o Banco Central poderá, gradual e cautelosamente, voltar a reduzir a taxa de juros em algum momento no segundo semestre do ano que vem” disse o CEO do Itaú durante o evento Itaú Macro Vision, nesta quinta-feira (8).

“A intensidade dessa desaceleração, à qual pode se contrapor uma nova rodada de estímulos fiscais, irá determinar o ritmo de redução da inflação”, acrescentou o executivo.

2023 terá ‘sensação térmica de recessão’, diz CEO do Itaú

No mesmo evento, Maluhy Filho disse que espera que o ano de 2023 seja marcado por transições e que tenha uma “sensação térmica de recessão”.

“2023 será um ano de transição. tanto na economia global, como no Brasil, onde teremos um novo governo, e esperamos responsabilidade social e fiscal”, disse.

O executivo destacou que a crise inflacionária do momento é fruto de problemas de demanda, mas também da atuação dos bancos centrais nas políticas de afrouxo monetário (postura dovish) para combater os efeitos econômicos da pandemia.

Apesar disso, Maluhy não teceu críticas ao Banco Central nem foi taxativo sobre as decisões da autoridade monetária.

O CEO do Itaú apontou, contudo, que o BC do Brasil foi um dos primeiros do mundo a iniciar o movimento de retomada de alta dos juros após a Selic ficar na mínima histórica, de 2% ao ano. Esse contexto, segundo Maluhy, pode dar mais folga para que o BC suba os juros mais cedo.

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