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CEO do Itaú: bancos enfrentam novos desafios de novos tempos

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Candido Botelho Bracher, presidente-executivo do Itaú. (divulgação)

O presidente do Itaú-Unibanco, Candido Botelho Bracher, declarou que “em novos tempos” os bancos tem o desafio de “prever os movimentos gerados pela quarta revolução industrial” e “estar mais próximo do cliente.

Discursando durante o evento Itaú Macro Vision, em São Paulo, Bracher explicou que o banco está em “novos tempos” e que tem “novos desafios”. “Hoje temos o desafio de prever os movimentos economia. Além deles, temos o desafio de prever os movimentos que serão gerados pela mudança de hábitos dos consumidores. Algo provocado pela quarta revolução industrial. Quanto a isso temos nos dedicado de maneira muito intensa”, explicou o executivo.

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Segundo ele, “há um denominador comum” em todas essas mudanças: “o banco tem que estar muito mais próximo do cliente”.

“O cliente tem que ocupar a preocupação da gestão do banco em um espaço muito maior. Aqui no Itaú-Unibanco chamamos isso de mudar de liga, esse é o nosso objetivo hoje, sair da liga dos bancos, deixar de nos comparar apenas com os bancos em matéria de satisfação com os clientes. Hoje nós nos comparamos muito positivamente entre os bancos com os maiores índices em satisfação do cliente, mas isso não é mais suficiente”, explicou Bracher.

Elogios para o governo

O executivo elogiou o governo do presidente Jair Bolsonaro pelo compromisso de levar o Brasil para um patamar de maior produtividade e  competitividade. “Primeiro de tudo através um maior equilíbrio fiscal através da reforma da Previdência. Melhor governança através de independência do Banco Central. Através de uma abertura maior da economia, então eu queria encerrar agradecendo a todos que estiveram conosco hoje”, afirmou o executivo.

Governo chega a um acordo para aprovara a reforma da Previdência

O evento do Itaú ocorreu no mesmo dia em que o governo Bolsonaro alcançou um acordo com os partidos políticos para viabilizar a votação da reforma na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.

O governo aceitou retirar quatro pontos previstos na proposta da reforma da Previdência enviada ao Congresso. Esses pontos são:

Objetivo é angariar votos dos partidos conhecidos como “Centrão” a favor da reforma da Previdência. As alterações que foram feitas são aquelas em que “os pontos não tem impacto fiscal e não afetam a espinha dorsal do projeto” afirma o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.

De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ceder logo na primeira fase enfraquece a estratégia do governo. Entretanto, ele admite que os pontos que sofreram as mudanças não afetará a previsão da economia. No período de dez anos a economia está prevista em torno de R$ 1 trilhão.

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Votação na CCJ

A princípio a previsão era de que o texto da reforma da Previdência fosse aprovado na CCJ na última semana, antes do feriado da Páscoa. Entretanto, em uma derrota para o governo, os parlamentares exigiram alterações na proposta, o que levou ao adiamento da votação.

Na CCJ, os deputados analisam a admissibilidade da reforma da Previdência, ou seja, se ela está dentro dos princípios constitucionais. Depois de aprovada na CCJ, o mérito da proposta será avaliado por uma comissão especial e só então vai à votação no plenário da Câmara.

Evento em SP

A 10a edição do Itaú Macro Vision 2019 debateu o atual cenário econômico e as expectativas macroeconômicas do Brasil para esse ano. Entre os painéis de discussão houveram debates sobre política monetária, efeitos da abertura comercial, agenda de reformas e privatizações.

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