O Banco do Brasil (BBAS3) decidirá, nesta sexta-feira (26), sobre um incremento do salário dos seus executivos, incluindo da CEO, Tarciana Medeiros.
Caso esse aumento seja aprovado durante a assembleia geral de acionistas, o salário da CEO do Banco do Brasil será elevado de R$ 74,9 mil mensais para R$ 117,4 mil – implicando em um aumento de 56%.
No mesmo sentido, os Vice-presidentes do BB teriam um aumento de R$ 67,1 mil para R$ 90,1 mil, enquanto os salários de diretores passariam de R$ 56,8 mil para R$ 69,2 mil.
Já os salários de gerentes gerais, gerentes executivos e gerentes de soluções ficariam iguais, sem receber aumento.
O argumento do banco para submeter o aumento de salário à assembleia é de que os valores ficaram congelados no intervalo entre 20216 e 2022, e que esse reajuste visa equilibrar internamente as remunerações.
Ainda que o aumento da remuneração da CEO do Banco do Brasil seja aprovada, o salário ficará ainda bem abaixo do que recebem CEOs de bancos privados – cujos ganhos mensais ficam entre R$ 2 milhões e R$ 6 milhões mensais.
Vale destacar que esse tipo de alteração passará somente pelo crivo da assembleia dos acionistas do Banco do Brasil (BBAS3), sem ter que passar pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério da Gestão, dada a normativa atual.
Aumento de salário vem após atualização do Banco do Brasil no Paet
Essa decisão será tomada pouco após o banco atualizar o Programa de Alternativas para Executivos em Transição (Paet).
O programa em questão contempla a política de verbas indenizatórias para ocupantes de cargos de chefia que deixem seus postos – nesse sentido, o BB aprovou o pagamento de bônus para funcionários demitidos, que até então só era válido em casos de aposentadoria.
O programa só é válido para quem trabalha dentro do banco sob regime CLT, aprovado em concurso e com mais de 20 anos de casa.
Nesse sentido, a regra prevê que um funcionário que peça demissão do banco para ir trabalhar na iniciativa privada não tem direito aos benefícios.
Todavia, um integrante da direção do BB que seja destituído e opte por deixar a casa tem direito à indenização caso cumpra os requisitos mínimos.
A verba indenizatória caso a presidente do Banco do Brasil passasse por essa situação ficaria pouco abaixo de R$ 5 milhões.