Centrão recua em bloqueio que fazia em relação a medida provisória da reforma administrativa e decidi iniciar nesta quarta-feira (22) a votação na Câmara.
De acordo com o Centrão, a votação deve ser antecipada para que o governo não acuse o bloco de ser o responsável pela crise do próprio governo e pela ampliação dos protestos no país.
A ideia do grupo é aprovar o projeto da forma como ele saiu da comissão especial. Dessa forma, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) será transferido da pasta do Ministério da Justiça e Segurança Pública, de Sergio Moro, para a pasta da Economia, liderada por Paulo Guedes.
No entanto, o bloco pode ser derrotado na votação, uma vez que vários parlamentares dos partidos passaram a apoiar que o órgão seja comandado por Moro.
Saiba mais: Coaf: em derrota para Moro, comissão apoia retirar órgão do Ministério da Justiça
Última sessão
Na sessão da última terça-feira (21), a Câmara aprovou a medida provisória que acaba com as restrições de capital estrangeiro nas empresas aéreas nacionais.
Antes, as empresas tinham uma restrição e limitava as estrangeiras em ter apenas 20% das companhias aéreas brasileiras. No entanto, após a aprovação da medida provisória a restrição foi retirada e as companhias aéreas nacionais podem ter 100% de capital estrangeiro.
Ainda na sessão, o líder do governo na Câmara, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), trocaram farpas em relação a tramitação da reforma administrativa.
Vitor Hugo compartilhou nas redes sociais uma uma imagem que afirmava que o Congresso negociava com base em sacos de dinheiro. Em resposta, Maia criticou o deputado e afirmou que não falaria mais com ele. Agora, o Major corre o risco de perder o cargo.
O Centrão é formado pelos partidos DEM, PP, PR, PRB, SD, PTB E MDB.