Em reunião nesta terça (15) em São Paulo, as centrais sindicais debateram estratégias de mobilização contra a reforma da Previdência.
As centrais sindicais reafirmaram sua posição “contrária a qualquer proposta de reforma que fragilize, desmonte ou reduza o papel da Previdência Social Pública”. Além disso, elas decidiram:
- “Realizar a Plenária Unitária das Centrais em defesa da Previdência e contra o fim da aposentadoria no dia 20 de fevereiro”;
- “Orientar a realização de plenárias estaduais e assembleias de trabalhadores para construir a mobilização, decidir formas de luta, greves e paralisações para enfrentar as propostas do governo e alertar os trabalhadores sobre a nefasta proposta de reforma da Previdência e ataques às aposentadorias.”
Estiveram presentes na reunião Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Intersindical, Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).
A proposta de reforma da Previdência deve ser apresentada ao presidente Jair Bolsonaro por sua equipe econômica nos próximos dias. O novo texto deve trazer uma economia ainda maior do que a proposta elaborada pelo governo de Michel Temer.
Saiba mais: Reforma da Previdência pode gerar economia de até R$ 1 tri em 10 anos
À revista Veja, o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, declarou que a ideia é começar uma mobilização com os trabalhadores para que seja possível articular uma grande paralisação, caso seja necessária. Gonçalves disse que as centrais sindicais vão esperar que o presidente Jair Bolsonaro envie à proposta ao Congresso para então iniciarem a mobilização.
Saiba mais: Reforma da Previdência: confira quais são os cenários para 2019
Centrais sindicais e a reforma da Previdência em 2017
Em 2017, durante a tramitação da reforma da Previdência do ex-presidente Michel Temer, as centrais sindicais realizaram pelo menos dois grandes atos. Um deles contou com a paralisação de transportes, bancos e outras categorias, em atos espalhados pelo país. A outra manifestação, em Brasília, chegou a contar com a presença de mais de 100 mil pessoas. A escalada foi tamanha que as Forças Armadas foram chamadas para tentar controlar o ato.
“No governo Temer nós conseguimos frear a reforma de ir a votação com essas paralisações. Agora, precisamos de uma articulação forte para podermos discutir quando a reforma chegar”, afirmou Gonçalves. A proposta de reforma da Previdência do governo anterior foi aprovado em comissão especial, mas não foi votado no plenário.