A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) poderá ser privatizada até o final deste ano. A informação foi dada pelo CEO da estatal, Cledorvino Belini, nesta sexta-feira (16).
Belini informou que o governo de Minas Gerais está desenvolvendo um projeto de privatização que inclui a Cemig. Segundo ele, a proposta será enviada para a Assembleia Legislativa na próxima semana.
“O governo deve apresentar agora, vai ser um processo político de negociação do governo com a Assembleia. Então é difícil fazer uma previsão, mas acredito que esteja completo, aprovado, até o final deste ano”, afirmou o presidente da estatal.
Desinvestimentos de Minas Gerais
Além da Cemig, o governo mineiro pretende privatizar outras empresas. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) também deve entrar para a lista.
Segundo o CEO, essa medida faz parte de um plano de desinvestimentos do governo. Ao vender os ativos do Estado, o governo mineiro pretende pagar parte de suas dívidas com a União.
“É o plano de desinvestimentos do Estado, onde estará Cemig, Copasa e outras estatais… a privatização da Cemig é uma das condições do Tesouro para liberar recursos e dar um ‘waiver’ da dívida (de Minas Gerais com a União)”, afirmou Belini.
Na última segunda-feira (12), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), já havia mencionado a importância da privatização da companhia.
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O governador afirmou que Cemig precisa de R$ 21 bilhões em investimentos nos próximos anos. No entanto, a estatal possui apenas R$ 6 bilhões em caixa. Portanto, a privatização é necessária para que a empresa deixe de ser um “ônus para os mineiros”.
Resultados do segundo trimestre de 2019 da Cemig
A Cemig (CMIG4) divulgou seu lucro líquido do segundo trimestre. O valor obtido foi de R$2,114 bilhões. No ano passado, a empresa apresentou, no mesmo período, um prejuízo de R$ 10,8 milhões.
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A receita líquida da empresa de energia aumentou 25,15% no trimestre abril-junho, alcançando R$ 7,016 bilhões.
Em seu relatório trimestral de resultados, o Grupo Cemig salientou a consolidação do mercado de energia. A receita de créditos do Pis/Pasep e Cofins e as receitas financeiras foram apontadas como causas para o aumento.
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