O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, declarou nesta segunda-feira (8) que a privatização da Cemig (CMIG4) poderia ser aprovada ainda em 2019.
Zema falou da Cemig durante uma entrevista no Brazil Conference organizado pelas universidades Harvard e MIT em Cambridge, nos Estados Unidos. O governador salientou que a geração e distribuição de energia não são atividades prioritárias para o governo de Minas Gerais.
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“A situação financeira do estado é crítica demais, e não há como evitar a venda da Cemig”, afirmou Zema. O governador, que assumiu o cargo em janeiro, afirmou querer enviar o plano de privatização para a Assembleia Legislativa até meados deste ano.
Os detalhes da privatização não foram definidos, mas o governador se disse “otimista” com o projeto. “Estou otimista e acredito que o plano poderia ser aprovado antes do final do ano”, explicou Zema, “Mas com políticos você nunca sabe ao certo.”
Para que a privatização possa ocorrer, dois terços dos deputados estaduais precisam votar a favor do projeto. Segundo Zema, os “partidos de esquerda” que se opõem à venda não representam mais do que 20%.
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Cemig na mira do governador
A Cemig foi um dos principais pontos da campanha eleitoral de Zema nas eleições de 2018. Logo após ser eleito, o novo governador afirmou querer reorganizar a estrutura da estatal energética, junto com a da Copasa.
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O déficit previsto para ambas as empresas em 2019 é de R$ 11,4 bilhões. Os resultados negativos registrados pelas estatais representam parte importante do déficit do estado de Minas Gerais, que enfrenta uma grave crise financeira.
A Cemig é a maior empresa distribuidora de energia elétrica da América Latina, com 536.569 km de redes de distribuição. Em 2018 a estatal mineira registrou um portfólio de 8,4 milhões de consumidores.
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