Cemig pretende investir R$ 10,4 bilhões entre 2020 e 2024
A Cemig (CMIG3) informou ao mercado, na última terça-feira (18), que tem a estimativa de investir R$ 10,4 bilhões entre 2020 e 2024.
De acordo com a Cemig, a previsão é de que para este ano haja um investimento de R$ 2 bilhões. A companhia de energia mineira planeja valores de aportes muito maiores do que o registrado no ano passado, de R$ 986 milhões.
“Esses investimentos (de 2019) foram destinados à conexão de aproximadamente 128 mil novos clientes e na modernização da base de ativos, visando redução dos custos de operação e manutenção, proporcionando melhoras nos indicadores de qualidade e aumento da satisfação dos nossos clientes”, comunicou a empresa.
A Cemig explicou onde realocará os investimentos:
- R$ 249 milhões direcionados para transmissão
- R$ 95 milhões em geração
- R$ 1,7 bilhão de reais distribuição
O investimento em distribuição, segundo a companhia, será “provavelmente o maior investimento para um concessionária de distribuição no Brasil”.
Cemig inicia processo de desinvestimento da Taesa
A Cemig iniciou o processo de contratação de bancos para seus desinvestimentos em subsidiárias e participações.
Segundo o jornal “Valor Econômico”, a Cemig contratou o Bank of America para a venda de sua fatia na Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) (TAEE11).
O mandato seria de “avaliação estratégica” para a participação acionária, podendo ser realizada por meio de uma transação de venda direta para outros players (inclusive para o outro acionista da Taesa, o grupo colombiano ISA), dono da Cteep, ou acabar definindo a saída por oferta de ações. Nessa última opção, outras instituições financeiras participariam da operação.
O valor de mercado da Taesa na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), atualmente, é de R$ 10,6 bilhões. A ISA Brasil tem 14,88% e os demais 63,45% estão em circulação no mercado.
Além disso, a companhia mineira também pretende vender os 22,6% que detém na distribuidora Light e se desfazer de sua fatia na Aliança Energia, sociedade que tem com a mineradora Vale (VALE3). Também está em consideração sua estratégia de desinvestimento na distribuidora de gás Gasmig, podendo ser realizado por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO).
O intuito do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é a privatização da Cemig. Nesse caso, o processo precisa passar por uma Assembleia Legislativa, diferentemente das suas subsidiárias.