Cemig investirá R$ 300 mi em usinas solares até 2020
A Cemig (CMIG4) anunciou na última terça-feira (8) a criação de uma nova empresa de geração distribuída, a “Cemig S!M”, que também tem como dona a Mori Energia, com 51% do negócio.
Com a nova empresa, a Cemig planeja investir aproximadamente R$ 300 milhões até 2020 em construções de usinas solares no estado de Minas Gerais.
A empresa de energia, que tem como principal acionista o governo de Minas, está na lista de estatais a serem privatizadas. Oficialmente, a relação das companhias a serem vendidas só será publicada na próxima quinta-feira (10), mas o nome da Cemig já havia sido adiantado.
De acordo com o presidente da empresa, Cledorvino Belini, as novas usinas já “nascerão” privatizadas.
O aporte previsto pela companhia até o fim de 2019 é de, aproximadamente, R$ 200 milhões podendo chegar a R$ 300 milhões. A primeira parte dos recursos da empresa de energia será advinda de caixa próprio, contudo, a empresa discute com bancos sobre futuras linhas de crédito.
Serão 32 usinas solares no total, sendo que nove delas devem ser entregas até o fim deste ano. O planejamento da Cemig é de que as usinas devem ser instaladas na região norte e noroeste de Minas, em 17 municípios.
No começo, os consumidores serão comerciais e de indústrias de baixa tensão. Estima-se que a potência instalada será de 150 MW em cada uma das usinas, que também gerarão 300 Gigawatts/hora-ano.
O presidente da Cemig disse: “Se não fizermos nada, a concorrência chega e leva. Mercado é isso. Você tem que estar presente e disputar mercado”.
Cemig na Justiça
A Justiça de Minas Gerais decidiu, nesta quarta, manter a multa de R$ 12 milhões à Cemig, ocasionada por “irregularidades encontradas”. A vistoria da área econômico-financeira e patrimonial da concessionária, no início de 2013, levantou suspeitas que foram averiguadas pelas autoridades.
Saiba mais: Cemig tem multa de R$ 12 milhões mantida pela Justiça
O processo levou em consideração os argumentos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Advocacia-Geral da União (AGU), julgando inconcludente o pedido da Cemig.
Justiça reitera a manutenção da multa
A Justiça admitiu que “a infração foi corretamente descrita e tipificada no respectivo auto, que, por sua vez, também não padece de qualquer nulidade”. Além disso, afirmou que a Cemig “não lançou razões ou motivos que afastem as bem lançadas razões da Aneel”.