Cemig inicia processo de desinvestimento na Taesa
A empresa mineira de energia Cemig (CMIG3) iniciou o processo de contratação de bancos para seus desinvestimentos em subsidiárias e participações.
Segundo o jornal “Valor Econômico”, a Cemig contratou o Bank of America para a venda de sua fatia na Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) (TAEE11). A Cemig possui 21,68% da companhia, o equivalente a R$ 2,31 bilhões pelo preço de fechamento da última segunda-feira (6).
O mandato seria de “avaliação estratégica” para a participação acionária, podendo ser realizada por meio de uma transação de venda direta para outros players (inclusive para o outro acionista da Taesa, o grupo colombiano ISA), dono da Cteep, ou acabar definindo a saída por oferta de ações. Nessa última opção, outras instituições financeiras participariam da operação.
O valor de mercado da Taesa na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), atualmente, é de R$ 10,6 bilhões. A ISA Brasil tem 14,88% e os demais 63,45% estão em circulação no mercado.
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Além disso, a companhia mineira também pretende vender os 22,6% que detém na distribuidora Light e se desfazer de sua fatia na Aliança Energia, sociedade que tem com a mineradora Vale (VALE3). Também está em consideração sua estratégia de desinvestimento na distribuidora de gás Gasmig, podendo ser realizado por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO).
Sobre o portfólio da Cemig também abrange, o governo estadual planeja desinvestimento nas participações detidas nas hidrelétricas Belo Monte e Santo Antônio.
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O intuito do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, é a privatização da Cemig. Nesse caso, o processo precisa passar por uma Assembleia Legislativa, diferentemente das suas subsidiárias.
Privatização da Cemig encontra rejeição de mineiros
A privatização da elétrica Cemig, encabeçada por Zema, sofre rejeição de 47,7% dos mineiros. Além disso, dos entrevistados pela Associação Mineira de Municípios (AMM), 36,2% são favoráveis à desestatização da companhia e 16,1% não opinaram.
As informações levantadas pelo instituto em outubro do ano passado são relevantes pois, segundo a legislação do estado de Minas Gerais, é necessária a aprovação em plebiscito para a venda do controle de empresas estatais, como é o caso da empresa.
Para progredir com o programa de desestatização da Cemig mesmo sem a aprovação popular, Zema precisaria alterar a Constituição local. Isso requer a maioria de três quintos no legislativo do estado.