O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sinalizou que pretende privatizar a Cemig (CMIG4) ou ao menos transformá-la em uma corporation.
Em um evento de banco privado, Zema disse que outras estatais de Minas Gerais além da Cemig também podem passar por um processo de privatização.
A expectativa é de que, com o modelo de corporation – semelhante ao cogitado para a Copel (CPLE6) -. a governança tenha menos participação do governo de Minas.
O modelo de corporation prevê uma composição societária sem controlador, com pulverização dentre sócios.
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Genial se mantém cautelosa sobre privatização Cemig
Analistas da Genial Investimentos citam a Cemig (CMIG4) e a Sanepar (SAPR11) como promissoras, mas mantêm cautela após a disparada dos papéis.
Com o ‘efeito Copel’, as ações CMIG4 subiram quase 7% em um só pregão em novembro, por causa do aceno à privatização do governo do Paraná.
” A Cemig é uma empresa com características muito similares à Copel e passa por desafios semelhantes: uma grande estatal estadual de energia em meio a um mercado restritivo para expansão em novos negócios e uma empresa com muita exposição à concessões mais curtas – o que traz um risco à própria rentabilidade e sustentabilidade da empresa no longo prazo”, dizem os analistas da Genial.
A recomendação da casa é neutra para as ações da Cemig, com preço-alvo de R$ 11,15.
Os analistas citam:
- Múltiplo EV/BRR da distribuidora em 1,5x – 2,0x (em nossa estimativas, consideramos uma BRR de R$19 bilhões para o ano de 2023)
- Múltiplo P/VPA em 1,5x – 2,0x para os ativos que julgamos mais interessantes da empresa (Gasmig e Aliança Geração)
- Mantemos a nossa avaliação para os ativos de Geração/Transmissão Inalterados – incluindo a fatia remanescente da empresa na Taesa (TAEE11)
Desempenho de CMIG4
Desde o fim de novembro, com a sinalização de privatização da Copel, as ações da Cemig já subiram 1,46%. No acumulado de 2022, os papéis sobem 12%.