Cemig (CMIG4) pagará 1ª parcela de JCP e dividendos de R$ 983,2 mi; veja valor por ação

A Companhia Energética de Minas Gerais, Cemig (CMIG4), vai pagar R$ 983,2 mi em Juros Sobre Capital Próprio (JCP) e dividendos aos seus acionistas, informa documento divulgado nesta quarta-feira (15).

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A empresa detalhou o valor por ação da seguinte forma:

  • R$ 477,64 milhões serão destinados ao pagamento da primeira parcela do JCP, equivalente a R$ 0,28 por ação ordinária e preferencial;
  • R$ 505,62 milhões serão destinados ao pagamento da primeira parcela de dividendos, que corresponde a R$0,29 por ação ordinária e preferencial.

No total, a Cemig vai distribuir R$ 1,9 bilhão em dividendos obrigatórios mínimos, em relação ao lucro líquido do exercício de 2021.

Para a pessoa física, essa alíquota de IR do JCP é de 15%, descontada na fonte. Os proventos serão pagos no dia 30 de junho de 2022.

Apenas os investidores com posição comprada nas ações ON (CMIG3) e PN (CMIG4) ao final do pregão no dia 29 de abril terão direito a receber os proventos da Cemig. Os papéis da empresa passam a ser negociadas “ex-juros“, ou seja, sem direito aos JCP, a partir de 30 de abril.

A Cemig esclarece que os proventos consideram o total das ações antes da bonificação de 29,999999976%, deliberada na Assembleia Geral Ordinária (AGO), em 29 de abril e creditada em 04 de maio. As ações vindas da bonificação não possuem direito aos proventos.

JCP da Cemig

  • Valor total: R$ 983,2 milhão
  • Valor por ação: R$ 0,58088409663, no total
  • Data de corte: 29 de abril de 2022
  • Data do pagamento: 30 de junho de 2022
  • Rendimento (dividend yield): 11,96%

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Cemig: Distribuidoras de energia disputam R$ 60 bilhões em créditos tributários

Distribuidoras de energia elétrica como a Cemig (CMIG4), de Minas Gerais, a Light, do Rio de Janeiro, e a Enel (de São Paulo, disputam com na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o destino de mais de R$ 60 bilhões em créditos tributários, em um processo que está parado há cerca de um ano.

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Segundo a Folha de S. Paulo, o impasse está na definição de quanto as distribuidoras CemigLight e Enel tem direito nesse montante. Para a Aneel, esse valor poderia aliviar a conta de luz dos brasileiros, já para as empresas de energia, elas têm direito aos créditos por terem aberto a batalha judicial e sustentado o processo esse tempo todo.

De 53 distribuidoras de energia em operação no Brasil, 49 delas entraram na Justiça para questionar a tributação considerada indevida por estar acima do valor.

Segundo a Folha, em valores ajustados a julho de 2021, os consumidores das principais empresas de energia pagaram a mais em impostos – e agora têm direito a receber:

  • Enel, de São Paulo: R$ 7,5 bilhões;
  • Light, do Rio: R$ 6,4 bilhões; e
  • Cemig, de Minas: R$ 6,2 bilhões.

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), entidade que representa as empresas, defende que as companhias recebam uma compensação por questionarem a tributação e um adicional para cobrir os custos processuais, pelo menos.

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Por baixo, as estimativas do mercado sinalizam que o valor desses dois itens oscilaria próximo dos R$ 20 bilhões, cerca de um terço do total.

Cotação

No pregão de hoje, a cotação das ações da Cemig subiu 0,74%, cotada a R$ 10,92. No ano, o papel acumula alta de 10,19%.

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Victória Anhesini

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