Mesmo sem especificar quais seriam os desinvestimentos, o diretor de finanças da Cemig (CMIG4) disse que a empresa está confiante em se desfazer de negócios no médio prazo. Nesta terça-feira (16), Leonardo Magalhães afirmou ainda que as próximas vendas “tendem a ser mais complexas”, segundo informações da Agência Reuters.Marco Soligo, diretor de participações da empresa, porém tocou em uma operação especificamente: a venda das participações na transmissora de energia Taesa (TAEE11)
“Já conseguimos fazer vários desinvestimentos, como a Renova (RNEW4), a questão da Light (LGT3). Sabemos que são processos complexos, envolvem muitos recursos”, comentou, durante a teleconferência sobre o balanço trimestral do 2T22 da companhia de energia.
Rumores sobre essas possíveis cessões circulam desde o ano passado e já foram até confirmadas por Magalhães em outras ocasiões. Em novembro, ele destacou o desejo da empresa em vender suas participações na transmissora de energia Taesa.
Durante a teleconferência desta terça, Marco Soligo, diretor de participações da Cemig, foi questionado sobre o negócio e afirmou que a empresa tem interesse no processo.
“Estamos conversando com as partes interessadas e, assim que algo relevante ocorrer, vocês serão informados”, esclareceu. No entanto, o executivo não deu muitos detalhes sobre a transação.
A Taesa não é a única empresa que a Cemig deseja se desfazer. Santo Antônio Energia (concessionária da Santo Antônio Hidrelétrica) e Norte Energia (concessionária de Belo Monte) também estão nos planos da companhia mineira. Por outro lado, a empresa tem o desejo de turbinar outros ativos do seu portfólio. A empresa pretende fazer a abertura de capital de sua subsidiária de gás, a Gasmig.
“Entendemos que hoje é preciso uma reorganização societária com abertura de capital”, disse Magalhães em novembro do ano passado ao Broadcast. “Contratamos assessores financeiros para buscar alternativas para fazer o processo [de IPO]”, pontuou. Até agora, porém, nada foi confirmado pela Cemig.