Após o megaleilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou que 2021 é o ano das privatizações.
“Tal como disse: 2021 é o ano das privatizações, concessões e abertura econômica“, escreveu na sua conta no Twitter. E completou: “Somente nos 4 primeiros meses do ano já foram realizados 33 leilões que renderam mais de R$ 26 bilhões, e expectativa de investimento de quase R$ 50 bi. Em março tarifas de importação foram reduzidas.
No leilão realizado na sexta-feira (30) na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, foram arrecadados R$ 22,6 bilhões. O evento contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Leilão do Cedae
O consórcio liderado pela Aegea Saneamento, a qual tem como acionista a holding Itaúsa (ITSA4), garantiu os blocos 1 e 4 da concessão dos serviços prestados pela Cedae. A Iguá Saneamento arrematou o Lote 2. O Bloco 3 não recebeu propostas.
O leilão da Cedae arrecadou R$ 22,69 bilhões em outorgas. O projeto da prevê investimentos de cerca de R$ 30 bilhões e terá um prazo de 35 anos.
Em etapa acalorada no viva voz, a Aegea ofereceu o maior lance pelo primeiro lote, R$ 8,2 bilhões, um ágio de 103,13% sobre o valor mínimo. A companhia bateu os proponentes:
- consórcio Redentor, liderado pela Equatorial (EQTL3);
- consórcio Iguá, liderado pela Iguá, também integrado pela Sabesp (SBSP3);
- consórcio Rio Mais Saneamento, formado por BRK Ambiental e pela Águas do Brasil.
Depois de levar o bloco 1, a Aegea pulou fora do leilão para o segundo lote, o qual havia feito uma proposta. Este foi então disputado pelos outros três consórcios. O ativo ficou com o grupo de Iguá e Sabesp, que apresentou um lance de R$ 7,286 bilhões, com um ágio de 129,68%.
Para o bloco 4, a disputa voltou ao viva voz, com os consórcios Aegea e Redentor. O Rio Mais Saneamento realizou oferta, mas o valor ficou 20% abaixo do maior valor proposta, requisito para entrar no viva voz. No final, o grupo da Aegea levou ativo por um montante de R$ 7,203 bilhões, ou um ágio de 187,75%.
Como fez no leilão do segundo lote, a Cedae decidiu retirar a oferta pelo Bloco 3, que foi declaro sem vencedor por falta de propostas.
(Com informações do Estadão Conteúdo)