Em entrevista ao jornal O Globo, o atual presidente da Cedae – companhia de saneamento estatal do Rio de Janeiro – destacou que, em uma eventual abertura de capital, planejado para 2024, a empresa teria seu valor de mercado avaliado em uma faixa de R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões.
O valuation da Cedae foi feito com base no comparativo com outras companhias do setor e nos indicadores financeiros como o Ebitda.
Leonardo Soares, que é presidente da Cedae, afirmou que a companhia tem pavimentado a estrada para uma eventual oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês).
“Ao longo deste ano, nossa ideia é fazermos os ajustes necessários, uma remodelagem, para que o governador, se assim o desejar, possa lançar ações na bolsa, a preço maiores do que seriam se isso acontecesse hoje. Quanto mais valorizada a empresa, mais ela vai lucrar, mais ela vai ter possibilidade de investir, de reverter isso em benefício da população, no caso de o estado ser o sócio majoritário. Acredito que no fim de 2024, a Cedae já esteja valendo entre R$ 16 bilhões e R$ 20 bilhões”, disse à publicação.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que a Cedae ‘que ficou’ após os leilões já vale o mesmo que a Cedae antes das vendas.
Isso porque ocorreram quatro leilões para concessões de serviços, reduzindo a atuação da Cedae para 64 cidades, sendo que em 16 ela atua no saneamento completo e em 48 ela atua somente na produção e tratamento de água.
Fundo imobiliário da Cedae
Sobre a destinação dos imóveis para fundos imobiliários, a Cedae fez um inventário de 1,6 mil imóveis para selecionar 52 que irão para o fundo gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que devem gerar receita em breve.
“Inventariamos todos os nossos imóveis (exceto os cedidos pelo estado para concessionárias, para que operem os serviços de saneamento), um levantamento que levou um ano”, disse o Soares ao jornal O Globo.
“Estamos trabalhando agora na formalização de 100% deles. Estimo ter cerca de 500 aportados no fundo. É o BNDES, como administrador imobiliário, que vai avaliar corretamente, sob o ponto de vista econômico-financeiro, o que é melhor fazer com cada um deles: se alugar, arrendar, vender ou dar como garantia”, acrescenta o presidente da Cedae.