A C&A (CEAB3) negou, na noite da última segunda-feira (19), a informação de que a família Brenninkmeijer, detentora das operações da varejista, desejava vender sua participação no Brasil. Segundo a notícia veiculada ontem pelo jornal “Valor Econômico”, a ideia do grupo de investidores era focar nos negócios na Europa.
Em comunicado ao mercado, a varejista informou que os “acionistas controladores (COFRA Holding) confirmam que nenhum processo está em andamento no que diz à respeito à C&A Modas”.
De acordo com a publicação, a família Brenninkmeijer considerava vender 65% das operações no Brasil, após ter desfeito das operações na China e no México.
Segundo fontes consultadas pelo jornal, a venda das operações da C&A no Brasil não seria algo surpreendente. A empresa, apesar de não ter formalizado a venda de ativos no País, estaria consultando fundos e grupos estratégicos nos bastidores.
A publicação do jornal afirmou, ainda, que a companhia estaria atrás de soluções para o negócio no Brasil desde 2014. O objetivo da empresa seria focar em países mais rentáveis, na Europa, como a Alemanha. Dos 18 países de atuação da C&A, mais da metade estão localizados no continente europeu.
A notícia do jornal influenciou as negociações dos papéis da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Após a notícia de venda, as ações da C&A encerraram o último pregão em forte alta de 7,27%, negociada a R$ 13,73. Vale lembrar que a varejista foi listada na bolsa brasileira no final do ano passado.
Operações da C&A (CEAB3) no Brasil
No Brasil, a C&A conta com 288 unidades, com 550 mil metros quadrados de área de vendas. A Renner, concorrente da companhia e líder do mercado de varejo de moda no Brasil, conta com 387 lojas e cerca de 700 mil metros quadrados de área.
A C&A também foi uma das empresas prejudicadas pelo coronavírus (Covid-19). Na B3, a empresa que abriu capital no ano passado cotada a R$ 17,00 chegou a ter seus papéis cotados a R$ 5,30 no meio do mês de março.