C&A (CEAB3) reverte prejuízo no 2T21 e lucra R$ 69,2 milhões com créditos tributários

Em linha com o que projetaram especialistas, a varejista de moda C&A (CEAB3) reverteu o prejuízo apresentado no segundo trimestre do ano passado e lucrou R$ 69,2 milhões no segundo trimestre de 2021. Entretanto, a margem positiva é resultado de um crédito tributário de R$ 230 milhões.

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Em relatório trimestral divulgado na noite de terça-feira (10), a C&A esclarece que “este resultado teve impacto pelo evento de reconhecimento de créditos não recorrentes. Excluindo este efeito, o trimestre apresentaria um prejuízo de R$ 83,8 milhões”.

Já a receita líquida da varejista de moda teve um salto de 299% na comparação anual, para R$ 1,175 bilhão entre abril e junho.

Neste ponto a companhia justifica que, embora neste ano as lojas ainda tenham sofrido com medidas de restrição pela pandemia, a base de comparação do ano passado é fraca, sendo o 2T19 um período mais comparável operacionalmente. Com isso, a receita líquida do 2T21 ficou 6,7% inferior ao segundo trimestre de 2019.

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Grande parte do desempenho da C&A se deve o aumento da receita de vestuário, que cresceu 389,6% no período, para R$ 951,3 milhões, somente 0,7% abaixo dos resultados do 2T19.

A operação on-line também foi destaque no segundo trimestre deste ano. Teve aumento de 36,9% nas vendas e somou R$ 191 milhões frente ao mesmo período do ano passado. Os negócios por WhatsApp representaram 35% das vendas on-line totais.

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Com isso, o lucro operacional da C&A medido pelo Ebitda teve resultado positivo entre abril e junho. Somou R$ 223,7 milhões ante os R$ 114,9 milhões negativos do mesmo período do ano passado.

Já o Ebitda ajustado, que desconsidera valores não recorrentes, como os créditos tributários mencionados pela C&A, ficou em R$ 1,4 milhão no 2T21. Segunda varejista “tal resultado é decorrente do fechamento de lojas e restrições no horário de operação enfrentadas principalmente no início do segundo trimestre”.

Investimentos e dívida da C&A

A C&A encerrou o trimestre com uma dívida líquida de R$ 470,4 milhões. Em maio, a varejista realizou sua primeira emissão de debêntures, no valor de R$ 500 milhões, com vigência para 4 anos e remuneração de CDI+2,51%. Com isso, o cronograma de amortização de dívida da companhia fica da seguinte forma:

Dívida da C&A no segundo trimestre de 2021.
Fonte: balanço 2T21 da C&A

A C&A destaca ainda que investiu no trimestre R$ 141,6 milhões, o que representa avanço de 212,6% no comparativo anual, com foco no digital e em tecnologia. O consumo de caixa livre no período foi de R$ 749,7 milhões, aumento de 87,1% em um ano, para pagamento de fornecedores e abastecimento de estoque.

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Monique Lima

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