As ações da C&A (CEAB3) dispararam no pregão desta segunda (16), chegando a subir 14% após os rumores de que a Lojas Renner (LREN3) negocia a compra da operação brasileira da varejista de moda. No entanto, no final da tarde o CEO da CEA, Paulo Correa, negou qualquer movimento da empresa nesse sentido e as ações fecharam em alta de 11,5%, cotadas a R$ 2,71.
Segundo dados do Status Invest, as ações da C&A fecharam o pregão de sexta (13) sendo negociadas a R$ 2,43. Na manhã desta segunda, por volta das 11h55, os ativos já eram avaliados em R$ 2,77. Porém, na contramão da C&A, os papéis da Renner registravam queda de 0,94%, ao preço de R$ 19,95.
No domingo (15), o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, afirmou que a Renner está em negociações preliminares para a compra da operação brasileira da C&A. As varejistas ainda não se manifestaram oficialmente sobre a notícia na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Contudo, na tarde desta segunda-feira (16), ao Valor Econômico, o presidente da C&A negou o avanço de negociações de venda da operação brasileira para a concorrente Renner. “A informação não procede”, disse Correa.
De acordo com o mapeamento do Status Invest, a Lojas Renner vale R$ 20 bilhões na bolsa, enquanto a C&A é avaliada em torno de R$ 750 milhões.
C&A vai ser vendida?
Em 2020, surgiram rumores de venda da C&A no mercado. A família Brenninkmeijer, que detém as operações da varejista de moda internacional, estaria estudando a venda de sua participação nas operações da companhia no Brasil.
A ideia do grupo de investidores seria focar os negócios na Europa, informava em outubro daquele ano o jornal Valor Econômico. Na época, a família detentora do controle da C&A tinha se desfeito das operações na China e no México.
Os Brenninkmeijer possuem 65% da empresa no Brasil, e afirmaram a fundos estrangeiros de private equity que poderiam analisar propostas pelo ativo no País. A C&A foi listada na bolsa brasileira no final de 2019. A publicação afirmava, ainda, que a companhia estaria atrás, já naquela época, de soluções para o negócio no Brasil – o que vinha ocorrendo desde 2014.
O objetivo da empresa seria focar em países mais rentáveis, na Europa, como a Alemanha. Dos 18 países de atuação da C&A, mais da metade estão localizados no continente europeu.
Segundo fontes consultadas pelo jornal na ocasião, a possível venda das operações da C&A no Brasil não seria surpresa. A empresa, apesar de não ter formalizado a venda de ativos no País, estaria consultando fundos e grupos estratégicos nos bastidores.