Comissão Europeia teme queda brusca da economia com tensão EUA-China
Nesta quarta-feira (10), a Comissão Europeia (CE) afirmou que maiores taxas impostas sobre a China, pelos EUA, podem deixar o mercado financeiro ainda mais abalado.
A comissão também analisou o crescimento econômico para o ano que vem. Segundo eles, a previsão é de baixa, caso o atual cenário permaneça. De acordo com a CE, o progresso pode ser ainda mais lento. Isso acontecerá caso os EUA e a China permaneçam impondo taxas sobre os itens que são transportados entre ambos.
As duas maiores economias do mundo mexeram com o comércio e a indústria após o início das tensões. Dessa forma, as atividades comerciais globais caíram. Como consequência, impactou também a evolução da zona do euro.
“Qualquer aumento das tensões comerciais e uma elevação da incerteza política pode prolongar o atual esfriamento do comércio e indústria globais, despertando uma mudança acentuada do sentimento de risco global e uma rápida restrição das condições financeiras globais”, afirmou a comissão.
FMI alerta sobre guerra comercial
Em maio, o Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou que a guerra comercial entre os EUA e a China pode levar riscos para a recuperação global. No atual momento, os impactos não são visivelmente preocupantes, porém analistas do órgão evidenciam que o Produto Interno Bruto (PIB) global pode chegar a cair até 0,33%.
O FMI divulgou a análise no dia 24 de maio. Ademais, a organização internacional também indicou outras possíveis consequências da guerra comercial entre as potências:
- a tensão EUA–China pode abalar a cadeia mundial de produção de suprimentos;
- também pode abalar a confiança de empresas e do mercado.
Disputa EUA x China
No início de maio, o presidente dos EUA, Donald Trump, decidiu expandir a tarifa sobre importações chinesas. A porcentagem passou de 10% para 25% com a finalidade de proteger a indústria interna e reduzir o déficit de exportação dos americanos com os chineses. Entretanto, o governo chinês também aumentou a taxa sobre produtos americanos.
Sendo assim, a China, no dia 13 de maio, aumentou as taxas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos.
Em junho deste ano, Trump fez críticas ao país de Xi Jimping dizendo que a China desvaloriza a moeda dos EUA e cria uma vantagem injusta no comércio.
“A China desvaloriza a moeda, e têm feito isso há anos. Isso os colocou em uma tremenda vantagem competitiva e não temos essa vantagem porque temos um FED que não reduz a taxa de juros”, disse o presidente dos EUA em entrevista a CNBC.