Após arrematar o leilão do Aeroporto da Pampulha (MG), por R$ 34 milhões, com um ágio de 245,29%, a CCR (CCRO3) recebeu recomendação de compra do BTG Pactual (BPAC11), com preço-alvo de R$ 18,00.
Segundo o banco, esse foi um investimento defensivo da holding para proteger a operação do Aeroporto de Confins (MG). O relatório do BTG indica que o Aeroporto de Pampulha deve contribuir para a escala da CCR em sua divisão de aeroportos.
Em uma avaliação preliminar, o banco considera que, a partir da taxa de R$ 34 milhões de concessão de Pampulha, a empresa assumirá 10% de economia com despesas operacionais (opex), melhorando as premissas de tráfego em 5 a 10%, sem nenhum ajuste de despesas de capital (capex).
No mais, as perspectivas de crescimento para a CCR, do BTG, têm como base:
- abundante pipeline de oportunidades de investimentos, o que permite que a empresa seja seletiva com seus investimentos futuros;
- posição relevante da empresa nos leilões que se espera que ocorram nos próximos anos;
- oportunidades de novos projetos de mobilidade urbana e aeroportos;
- aprimoramento das práticas de governança; e
- forte posição de equilíbrio e geração de caixa operacional, que suportam a expansão da empresa para novos projetos.
Ganhando força nas operações aeroportuárias
A CCR opera três aeroportos internacionais, 15 aeroportos regionais e uma empresa de serviços aeroportuários com sede nos EUA. E, de acordo com o BTG, a empresa continua comprometida em estender a duração da carteira desses ativos.
“Esperamos que a CCR participe de outros leilões de rodovias e mobilidade urbana também.” Estaria no alvo da holding a 7ª rodada de leilões de aeroportos no próximo ano, nos quais os aeroportos Congonhas e Santos Dumont deverão ser leiloados.
Com isso, a recomendação do BTG para as ações da CCR é de compra, com o preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 18,00. Considerando o valor do fechamento do pregão de ontem (R$ 11,89), o potencial de valorização previsto pelo banco é de 51,38%.
Nos últimos 12 meses, os papéis da CCR acumulam 5,65% de queda, sendo negociados a R$ 10,24 na mínima e a R$ 14,38 na máxima.