CCR (CCRO3) confirma que Andrade Gutierrez quer vender participação e ação dispara 11%
A CCR (CCRO3) informou que o conselho de administração recebeu a carta da empreiteira acionista Andrade Gutierrez sobre a intenção de vender sua participação de 14,86% do capital social da companhia. Após o anúncio, às 12h, os papéis da empresa disparavam 11,48%, negociados a R$ 13,60.
A Andrade Gutierrez, que no atual momento se encontra endividada e inadimplente, decidiu vender a totalidade de sua participação em uma das maiores concessionárias de infraestrutura do Brasil.
De acordo com a carta enviada à CCR, a empreiteira recebeu uma oferta da IG4 Capital Investimentos de pagamento à vista de R$ 15,44 por ação, o que corresponde ao total de R$ 4,6 bilhões. A empreiteira detém 300 milhões de ações ordinárias da companhia.
A CCR é dona de 13 concessões rodoviárias, cinco aeroportos e seis de mobilidade urbana.
Segundo a coluna do Lauro Jardim do jornal O Globo, o fundo canadense CPP, que na semana passada comprou um dos blocos da Cedae, e o Votorantim tinham interesse na venda da concessionária.
Consórcio liderado pela CCR arremata linhas 8 e 9 da CPTM por R$ 980 mi
Em meados de abril, o consórcio liderado pela CCR arrematou as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em leilão promovido pelo governo de São Paulo.
Ao todo, quatro consórcios deram lances. A CCR venceu com uma proposta no valor de R$ 980 milhões, um ágio de 202,5%.
O contrato terá prazo de 30 anos e a concessionária ficará responsável pela operação, conservação, manutenção, modernização das instalações existentes, construção de novas estações e aquisição de novos trens, propiciando melhorias de desempenho e de qualidade aos serviços prestados.
O governo de São Paulo estima mais de R$ 3,2 bilhões em investimentos ao longo do contrato.
Nas semanas antecedentes do consórcio arrematar linhas da CPTM, a CCR havia garantido na concessão de dois dos três blocos de aeroportos ofertados pelo governo federal e foi destaque entre as companhias participantes.
A empresa ficou com o Bloco Sul após oferecer R$ 2,12 bilhões, um ágio de 1.534% sobre o preço mínimo, de R$ 130,2 milhões.
Além da CCR, Aena Desarollo e Infraestrutura Brasil Holding também fizeram propostas pelo ativo, que conta com nove terminais, estando entre eles os aeroportos de Curitiba e de Foz do Iguaçu, no Paraná, e o de Joinville, em Santa Catarina.