O Grupo CCR, empresa de concessões de estradas, metrôs e aeroportos, anunciará acordo de leniência com o Ministério Público de São Paulo. A companhia relata ter doado R$ 44,6 milhões para o caixa 2 de políticos paulistas do PSDB, PT, MDB e PTB.
Dentre os nomes dos políticos apurados pela Folha, que receberam doações da CCR, estão:
- Geraldo Alckmin (PSDB)
- José Serra (PSDB)
- Gilberto Kassab (PSD)
- Campos Machado (PTB)
A CCR é uma concessionária de serviços públicos. Por lei, a empresa é proibida de realizar doações a partidos.
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Desta forma, para evitar processos aos quais teria de responder, a companhia pagará uma multa de R$ 81,5 milhões para o governo paulista. Deste valor, R$ 17 milhões serão destinados a construção da biblioteca da Faculdade de Direito da USP.
Na reunião com o Ministério Público, executivos da CCR alegaram que a doação via caixa 2 foi feita para conquistar simpatia de políticos para os pleitos da CCR junto ao governo.
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Nenhum executivo falou em contrapartida do governo, o que poderia ser configurado como corrupção, crime mais grave que caixa 2.
Caso as investigações apurem provas de corrupção, o acordo será desfeito.
Após o anúncio do acordo, as ações da CCR dispararam 8% na Bolsa de Valores (BM&F).