A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projetou nesta terça-feira (23) que as vendas de imóveis avançarão de 10% a 15% neste ano e assim, alcançarão volume recorde desde o início da série histórica, há cinco anos.
Em sua pesquisa feita em parceria com a Brain, A CBIC apontou que as vendas de imóveis ficaram em 128.849 no acumulado do ano até setembro, o que equivale a uma alta de 8,4% em comparação com mesmo período do ano passado.
Já em relação ao terceiro trimestre do ano, a alta nas vendas foi de 23,7% na comparação anualizada, somando 54.307 unidades.
Além disso, a CBIC prevê uma queda de 15% nos lançamentos em 2020. Vale destacar que no acumulado do ano até setembro, os lançamentos de imóveis recuaram 27,9%, ficando em 85.775 unidades.
Já no terceiro trimestre, os lançamentos caíram 10,5% ante o mesmo período em 2019, alcançando 42.885 unidades. No entanto, esta queda no trimestre vai na contramão do desempenho que as incorporadoras de capital aberto anotaram no trimestre.
Comentando sobre as expectativas para o setor, o vice-presidente da Comissão da Indústria Imobiliária (CII) da CBIC, Celso Petrucci, apontou que “somos otimistas para o quarto trimestre e para 2021, mas não estamos acreditando que tudo vai acontecer automaticamente”.
Além disso, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, falou sobre as preocupações do setor relacionadas à matérias-primas. “Atrasos na entrega de insumos geram atrasos no cronograma de obras”, disse ele e completou: “O segmento de PVC informou que o preço em dólar estará normalizado a partir de janeiro e que levará quatro meses para regularizar o abastecimento”.
Pandemia reduz compras e vendas de imóveis em SP no 1º semestre
O Registro de Imóveis do Brasil divulgou no mês passado que as transações de compra e venda de imóveis em São Paulo registraram uma queda de 8,8% no primeiro semestre, ante o mesmo período do ano passado, totalizando 263.281 operações.
De acordo com os dados, o segundo trimestre registrou um total de 116.265 transações de compra e venda no estado, o que revela uma queda de 21,2% em comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, o recuo é ainda maior, de 22,2%.
A pesquisa apontou que todas as microrregiões tiveram quedas nos indicadores de compra e venda no período em comparação com janeiro a março deste ano. Diante disso, os maiores recuos foram:
- Litoral Sul Paulista: -39,7%
- Campinas: – 32,6%
- Piracicaba: -25,6%
Ao passo que as microrregiões que foram menos impactadas foram:
- Assis: -0,6%
- Araçatuba: -2,5%
- Ribeirão Preto: -7,2%
A Região Metropolitana de São Paulo, registrou uma queda de 23,2%, ante o primeiro trimestre de 2020.
Os Indicadores são divulgados a cada mês pelo Registro de Imóveis do Brasil, entidade que congrega associações estaduais, que representam 3.297 unidades de registros de imóveis em todo o país. A metodologia utilizada é da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).