CBA (CBAV3): guerra na Ucrânia e sanções contra Rússia movimentam ações
A guerra da Rússia na Ucrânia já dura cerca de oito meses. Com a escalada russa, o Ocidente propõe cada vez mais sanções com o objetivo de frear as ofensivas no leste europeu. A possibilidade de mais punições dos Estados Unidos, envolvendo importações de alumínio, fez com que a commodity tivesse fortes oscilações – para cima e para baixo – nos últimos dias. Localmente, a CBA (CBAV3) é uma das empresas que mais sentem as movimentações internacionais. As informações são do site Brazil Journal.
A Bolsa de Metais de Londres (LME) confirmou, na última semana, que também considera banir a negociação com metais russos, como o alumínio, níquel e cobre. O comunicado fez com que os preços das commodities subissem no mercado internacional.
Segundo a Bloomberg, o governo dos EUA ainda não decidiu de fato quais seriam as sanções. Entre as opções, há a proibição total das compras do alumínio da Rússia ou a imposição de tarifas restritivas.
Os preços do alumínio dispararam em março, com o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro. Como as exportações russas continuaram normalmente, o preço acabou cedendo. Em setembro, em meio à expectativa crescente de uma recessão global, o metal caiu ao menor valor dos últimos 17 meses. O alumínio era negociado em US$ 2.295,50 na sexta-feira (14), contra US$ 4,1 mil no ano passado.
CBA encara perspectivas para alumínio, sem previsão para fim da guerra
Nos últimos seis meses, os papéis da CBA perderam quase 40% diante do aumento dos custos de produção, com a alta da energia, e a perspectiva de queda nas vendas.
Na última sexta-feira (14), as ações da CBA encerraram o dia em forte queda de 6,78%. Os papéis estavam cotados a R$ 10,99.
Segundo análise do Itaú BBA, a CBA terá uma queda de 50% no EBITDA nos próximos 12 meses. Mesmo assim, o banco recomenda a compra da ação, com preço-alvo de R$ 17 ao final de 2023.