A CBA (CBAV3) informou hoje (30) que concluiu a aquisição de 20% remanescente do capital social da Alux do Brasil. A transação ficou no valor de R$ 98 milhões, que deverão ser pagos em duas parcelas iguais — a primeira é nesta quarta-feira, enquanto a segunda será em 31 de janeiro de 2023.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CBA afirma que o movimento reforça sua estratégia de aumentar a relevância no mercado de alumínio reciclado. No início do ano, a companhia já havia adquirido 80% do capital social da Alux do Brasil pelo valor de R$ 110 milhões.
Ainda segundo a companhia, desde o início da integração, a Alux teve uma entrega de valor acima do previsto, “com velocidade de aprendizado na compra de sucata além do esperado, com novas iniciativas e sinergias ainda a serem capturadas.”
“A Alux já mostrou que é essencial para a ampliação da capacidade de alumínio reciclado da CBA. Temos capturado sinergias relevantes desde o início da integração e feito avanços consistentes no mercado de ligas secundárias de alumínio”, afirma Ricardo Carvalho, CEO da CBA.
Com o movimento anunciado hoje, a totalidade das quotas da Alux pertencem agora à CBA. Além desse investimento, já foram anunciados outros R$ 180 milhões para o incremento da capacidade produtiva e de conteúdo na Metalex – empresa da CBA focada na produção de tarugo com alumínio reciclado.
BTG rebaixa preço-alvo da CBA e espera que ações “antecipem tempos melhores à frente”
Na segunda-feira (28), o BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra para as ações da CBA, porém reduziu o preço-alvo de R$ 24 para R$ 17. O banco de investimentos prevê uma curva positiva no próximo ano devido às melhores perspectivas de longo prazo — são esperados preços futuros do alumínio acima dos atuais.
“Vemos realidades distintas entre algumas das commodities sob nossa cobertura, mas em geral estamos mais otimistas com as perspectivas para 2023. É importante sinalizar que algumas delas, como alumínio e aço, estão sendo negociadas com preços muito abaixo do custo”, pontuam os analistas do BTG Pactual.
No relatório, entre as principais dificuldades da CBA, destaca-se a economia chinesa. Apesar disso, o processo de reabertura do país asiático, e a retomada da demanda que será gerada, suporta a visão de analistas sobre a formação de um piso no próximo ano.
No pregão desta quarta-feira (30), as ações da CBA fecharam com alta de 10,40%, sendo cotadas a R$ 12,10.