A CBA (CBAV3) informou que captou US$ 96,5 milhões via operações bilaterais visando o financiamento à exportação.
Segundo a empresa, tais operações são caracterizadas como Sustainability-Linked Loans uma vez que estão associadas ao desempenho de indicadores de performance de sustentabilidade (KPIs – Key Performance Indicators).
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa diz que, nestas operações, estabeleceu metas anuais de redução na emissão de gases de efeito estufa na produção de alumínio primário e reforçou o seu comprometimento com mudanças climáticas e com seu mandato de garantir a oferta de alumínio de baixo carbono.
“Os objetivos estabelecidos nos empréstimos contaram com uma avaliação externa (SPO – Second Party Opinion) da Sustainalytics quanto ao viés ESG, os quais serão acompanhados anualmente por uma empresa de auditoria independente”, afirma a companhia.
Itaú recomenda compra para CBA
O Itaú BBA manteve sua recomendação de “compra” para os papéis da CBA, mas cortou o preço-alvo de R$ 20 para R$ 17.
Os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares consideram positivo o fato de que a empresa “vem focando em inovação para desenvolver novos serviços, produtos e soluções através da cocriação com os clientes”.
Na visão do BBA, são importantes os seguintes aspectos:
- Descarte a seco com entrega em 2024;
- A Pot Room nº 3 atingirá a capacidade total em 2022;
- Foco na inovação para o desenvolvimento de novas soluções e produtos;
- Atualização das estimativas.
O time de analistas da casa diminuiu as estimativas para o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da CBA em 20%, para R$ 2,2 bilhões – antes R$ 2, 6 bilhões – devido a uma menor contribuição da divisão de alumínio.
“Embora reconheçamos a geração limitada de FCF [free cash flow] nos próximos anos devido à forte requisitos de capex para projetos de crescimento, gostamos da proposta de risco-recompensa da empresa e risco de queda limitado para os preços do alumínio nos níveis atuais”, concluem os analistas.
Com informações de Estadão Conteúdo