O governo do Catar anunciou nesta segunda-feira a saída da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A saída ocorrerá no dia 1º de janeiro, após quase 60 anos de filiação do país árabe.
O governo do Catar infirmou que vai deixar a OPEP para se concentrar na produção de gás natural.
“Não temos muito potencial [no petróleo], somos realistas. Nosso potencial é o gás”, afirmou o ministro de Energia catariano, Saad al Kaabi.
O Catar, o menor país da OPEP em tamanho e população, exporta cerca de 128 bilhões de metros cúbicos por ano.
O país tem a terceira maior reserva de gás natural do mundo, calculada em 23,8 trilhões de metros cúbicos.
Segundo al Kaabi, a decisão de deixar a OPEP”não tem relação com o bloqueio” imposto por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein e Egito em junho de 2017.
Esses países romperam relações diplomáticas com o Catar e impuseram um embargo econômico após acusar o país de apoiar e até dar refúgio a pessoas e organizações hostis ao governo saudita.
Mesmo saindo da OPEP, o Catar, que é o maior exportador de gás natural liquefeito do mundo, continuará produzindo petróleo.
Um cartel de produtores de petróleo
A OPEP é um cartel de 15 países produtores de petróleo. A organização foi criada em 1960 por iniciativa da Arábia Saudita, que atualmente domina o grupo. O Catar é membro da OPEP desde 1961.
O objetivo da organização é monitorar o mercado e decidir aumentos ou reduções da produção de petróleo para manter preços e fornecimento estáveis.
Os países da OPEP representam juntos cerca de 44% da produção de petróleo do mundo.
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