O presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Roberto Castello Branco, declarou nesta sexta feira (17) que a companhia não irá quebrar, assim como não vai realizar demissões em massa.
“Estamos fazendo tudo que está nos livros de boas práticas de gestão. Cortando custos sem recorrer a demissões. A Petrobras não está demitindo, não tem planos e isso nunca esteve sob consideração”, afirmou Castelo Branco, em videoconferência com jornalistas.
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Alguns sindicatos acusam a Petrobras de promover demissões em massa de empregados. Em resposta, o presidente da estatal afirmou que as acusações são falsas, da mesma maneira que é falsa a alegação de que a empresa está cortando a utilização da refinarias para importar mais. “Há boatos de que a empresa vai quebrar. A Petrobras não vai quebrar”, reiterou.
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O executivo afirmou que a Petrobras está negociando com grandes fornecedores para manter a liquidez em caixa. “Não estamos fazendo isso com os pequenos, para mantê-los. E também estamos sendo flexíveis com os nossos clientes”, informou o presidente da estatal.
De acordo com Castello Branco, a Petrobras reduziu os preços do combustíveis, em conformidade com o movimento do mercado internacional. No entanto, a prática não chegou nas bombas e, consequentemente, não chegou aos consumidores. “Esperamos que os revendedores olhem para o lado do consumidor e não para si próprio”, destacou o executivo.
Petrobras mantém corte na produção
O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, afirmou que a companhia manterá a redução de 200 mil barris por dia (bpd) na produção. “Estamos cumprindo o plano. Na produção, verificamos a demanda e a possibilidade de reduzir custos para escolher os campos que vamos cortar”, explicou o diretor.
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A Petrobras colocou 62 plataformas em hibernação em campos de águas rasas. A medida resultará na redução de 23 mil bpd. “Essa é uma situação momentânea. Não tem nada pré-definido e nem é para sempre”, destacou Carlos Alberto.
“O nosso foco é manter a liquidez da empresa. Vamos avaliar novas linhas de créditos se for necessário, por enquanto priorizamos a redução de custos”, ressaltou a diretora Financeira e de Relacionamento com Investidores, Andrea Almeida. A executiva afirmou que a Petrobras está tomando todas as medidas necessárias para lidar com a crise. Mas, não há estimativas de médio prazo.
“Não sabemos o cenário que estamos vivendo. Vamos desenhando as soluções conforme o quadro observado. Para os próximos três meses, tentamos postergar pagamentos para o fim do ano, porque agora há restrição de demanda”, detalhou a diretora de Petrobras.