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Casas Bahia (BHIA3) terá mais um trimestre fraco?

Casas Bahia (BHIA3). Foto: Divulgação/ Casas Bahia.

Casas Bahia (BHIA3). Foto: Divulgação/ Casas Bahia.

A Casas Bahia (BHIA3) vai reportar seus números do terceiro trimestre deste ano no próximo dia 13 de novembro, e em relatório, a Genial Investimentos projeta o que o investidor pode esperar do balanço.

A expectativa da casa é por uma recuperação das vendas em lojas físicas, com um crescimento de 5,5% no quesito mesmas lojas, acima da inflação anual de 4,4%.

No entanto, dizem os analistas, essa recuperação depende do aumento da concessão de crédito, o que acarreta riscos financeiros, pois o grupo ainda não possui um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) operacional.

Dessa forma, o Grupo Casas Bahia arca integralmente com o risco de crédito, financiando-se a uma taxa pré-fixada de 17,7% ao ano, acima da taxa Selic.

Esse aumento na carteira de crédito, diz a Genial, impacta o balanço da Casas Bahia no trimestre devido ao crescimento da Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) e pressiona a margem líquida com maiores despesas financeiras.

Embora a inadimplência esteja controlada, entre 8,5% e 9,0%, os analistas enxergam um risco de que uma piora econômica eleve a inadimplência e reduza a rentabilidade futura da empresa.

A BHIA3, em recuperação extrajudicial, possui carência de juros em suas dívidas por dois anos, mas ainda contabiliza os juros na linha de despesas financeiras, resultando em um impacto negativo estimado de R$ 699 milhões.

Mesmo assim, a Genial projeta um prejuízo líquido de R$ 372 milhões, uma melhora de 55,6% em relação ao 3º trimestre de 2023.

Para a Black Friday, diz o relatório, o Grupo Casas Bahia deve aumentar os estoques em 7,4%, focando em itens de alto giro como eletrodomésticos e móveis, o que pode elevar temporariamente sua alavancagem financeira.

A Genial Investimentos tem recomendação de venda para as ações da Casas Bahia, com preço-alvo de R$ 4.

Por volta das 14h40 desta quarta-feira (30), a Casas Bahia operava em alta de 1,96%, com os papéis negociados a R$ 4,16.

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