A Casas Bahia (BHIA3) comunicou ao mercado que sofre pedido de impugnação de seu plano de recuperação extrajudicial (RE) e da homologação
Conforme comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira (5) em Fato Relevante, o pedido veio da Opea Securitizadora, na qualidade de debenturista, e da Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, emissor de debêntures realizados pela BHIA3.
Ambos os operadores apresentaram um pedido de homologação de plano de recuperação extrajudicial da Casas Bahia e sua homologação.
Isso significa que a varejista pode enfrentar novos problemas jurídicos, em meio à recuperação de dívidas de R$ 4,1 bilhões, além do prejuízo líquido de R$ 261 milhões.
“A Companhia [Grupo Casas Bahia] entende que as Impugnações são desprovidas de mérito e deverão ser rejeitadas”, afirma a varejista no documento à CVM.
Segundo a companhia, o Plano de Recuperação Judicial da Casas Bahia atende a todas as exigências legais aplicáveis e tem o apoio de aproximadamente 55% dos Créditos Sujeitos (conforme critério definido no plano de RJ).
A taxa é suficiente para ter quórum mínimo necessário para homologação, incluindo as emissões de debêntures representadas por OPEA e Pentágono.
Além disso, o comunicado afirma que a companhia vai responder às impugnações no prazo legal e manterá seus acionistas informados sobre quaisquer desdobramentos relevantes a respeito do assunto.
Nesta quarta-feira (5), as ações BHIA3 fecharam o dia em queda de 1,26%, cotadas a R$ 6,27.
Casas Bahia (BHIA3) e mais ações do varejo em ‘saldão’?
As varejistas tiveram uma semana difícil até então.
Na terça-feira (5), os papeis atingiram uma queda de até 9,03%. A queda simbolizou um derretimento de -41,53% no ano para o papel e de -86,87% nos últimos 12 meses.
“Pode ser uma correção técnica motivada pela realização de possíveis lucros dada a recente valorização, somada à possibilidade de uma política macroeconômica mais mais dura devido a um crescimento do PIB acima da expectativa do mercado”, avalia o especialista em Renda Variável da Status Invest Assessoria, Tales Barros.